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Passos de Amorim
Publicado em 05 de maio de 2015
Por Jornal Do Dia
Muito distante dos aliados após as eleições de 2014, quando foi derrotado nas urnas por Jackson Barreto (PMDB) na disputa para o governo do Estado ainda no primeiro turno, o senador Eduardo Amorim (PSC) reuniu ontem, durante um almoço em um hotel da orla, a bancada aliada de deputados e ex-deputados.
No cardápio, uma discussão sobre o convite do senador tucano Aécio Neves para ele se filiar ao PSDB, a transferência do seu título de eleitor para Aracaju e estruturação do grupo PSC para a campanha 2016 nos 75 municípios do Estado.
Essa é a segunda reunião do senador após as eleições. Ele preferiu o isolamento político depois da derrota para Jackson, por uma diferença superior a 120 mil votos.
Isso fez com que os aliados se aproximassem mais do líder do PSC na Câmara, o deputado federal André Moura. Sempre por perto, André nunca deixou de receber as lideranças políticas do seu bloco político tanto em Sergipe quanto em Brasília.
Provavelmente se sentindo órfãos de um líder, um grande número de parlamentares e prefeitos do bloco acabou identificando André como novo líder. Na segunda-feira da semana passada mesmo, ele almoçou com os deputados e lideranças do seu bloco.
A coluna vem colocando isso há cerca de 15 dias e, com certeza, incomodou muito a Eduardo Amorim a notícia de que estava perdendo o posto de líder do seu bloco.
Incomodou tanto que ontem ele resolveu reagir a essa realidade. Reuniu os deputados e ex-deputados para tratar de assuntos do seu interesse pessoal: filiação ao PSDB e mudança do título de eleitor de Itabaiana para Aracaju.
Sem o irmão por perto, o empresário Edivan Amorim, que após as eleições vive mais em Minas Gerais, será que Amorim vai retomar o posto de líder?
É que André, nesta legislatura, se tornou um político influente no Congresso Nacional pela amizade pessoal com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), e por presidir ou relatar importantes comissões como a do Pacto Federativo, Redução da Maioridade Penal de 18 para 16 anos e CPI da Petrobras. Sem falar que tem portas abertas nos ministérios.
Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos …
Avaliação
Para o senador Eduardo Amorim a reunião almoço de ontem com os aliados foi positiva. "O PSC é um grande partido e eu precisava ouvir amigos e aliados para possível mudança para o PSDB", afirmou, admitindo que não gosta de ficar mudando de partido e que a conversa com a bancada de oposição acontecerá sempre para alinhar os posicionamentos.
PSDB
Na reunião, não ficou fechado se o senador deve migrar para o ninho tucano. O deputado estadual Paulinho da Varzinhas (PTdoB) chegou a dizer que ele devia ir para o PSDB por ser um partido com grande estrutura. Gilson Andrade (PTC) se colocou também favorável. Valmir Monteiro (PSC) chegou a dizer que ele era adversário da legenda em Lagarto, mas não era essa questão paroquial que iria fazer com que fosse contrário a ida de Eduardo para o ninho tucano. "Esse problema eu resolvo lá na frente, chegou a dizer".
Visão de futuro
Outros parlamentares manifestaram-se favoráveis a ida de Eduardo Amorim para o PSDB, não só pela estrutura partidária, mas porque em 2018 o partido virá forte para as eleições para presidente da República, o que ajudará os candidatos a governador nos Estados. Só a deputada estadual Maria Mendonça (PP), ao seu estilo, não se manifestou.
O foco
Ainda na reunião, Eduardo colocou que independente de continuar no PSC ou ir para o PSDB, o importante é começar a discutir a organização política do bloco nos municípios visando às eleições de 2016, que serão fundamentais para 2018.
Entendimento
Falou ainda que estava mudando o título de eleitor de Itabaiana para Aracaju não para ser candidato a prefeito, mas por questão familiar. "Ser candidato é uma segunda consequência", afirmou. A grande maioria dos aliados colocou que ele devia ser preservado para 2018.
Decisão
Na reunião, o deputado federal Laércio Oliveira (SD) disse que seu candidato a prefeito de Aracaju em 2016 seria o prefeito João Alves Filho (DEM). Ressaltou que é pré-candidato ao Senado em 2018.
Presentes
Participaram da reunião almoço os deputados estaduais: Maria Mendonça (PP), Georgeo Passos (PTC), Valmir Monteiro (PSC), Capitão Samuel (PSL), Pastor Antônio dos Santos (PSC), Gilson Andrade (PTC), Dr. Vanderbal (PTC), Paulinho da Varzinhas (PTdoB) e os ex-deputados Zeca da Silva (PSC) e Zé Franco (PDT). Além dos deputados federais Laércio Oliveira (SD) e Adelson Barreto (PTB), que chegou quase no final.
Com Machado
Antes da reunião almoço com aliados, Eduardo Amorim se reuniu com o secretário-geral do PSDB, o vice-prefeito José Carlos Machado, na sede do partido. Conversaram sobre a possibilidade dele aterrissar no ninho tucano.
Em Alagoas 1
O deputado federal André Moura (PSC) não participou da reunião com o seu bloco político. Estava em Maceió, discutindo com prefeitos alagoanos o Pacto Federativo, do qual é relator da comissão especial na Câmara dos Deputados. O convite foi da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).
Em Alagoas 2
André também se reuniu com o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), no Palácio Floriano Peixoto, oportunidade que discutiu o Pacto Federativo, Segurança Pública e Câmara dos Deputados. Estava acompanhado do presidente da AMA e prefeito de Jequiá da Praia – AL, Marcelo Beltrão, e do prefeito de Ilha das Flores, Christiano Beltrão.
No interior
O governador Jackson Barreto (PMDB) retoma hoje a agenda de inaugurações, totalizando investimento de R$ 51 milhões. Pela manhã, vai a Tobias Barreto inaugurar uma Farmácia Popular e um Ciretran, e assinar ordem de Serviço e Autorização para construção de 610 casas, implantação de sistema de abastecimento de água e duplicação da Rodovia SE-170.
Expectativa
O pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe julgará hoje, a partir das 15h, o pedido de impugnação de candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Luciano Bispo (PMDB). O julgamento, que estava previsto para o último dia 28, foi remarcado para esta terça-feira. O TRE já tinha absolvido o então candidato a deputado estadual, mas a coligação de Eduardo Amorim recorreu ao TSE, que devolveu o processo para Sergipe.
Garantindo
transporte
O secretário Jorge Carvalho (Educação) recebeu ontem em seu gabinete o prefeito de Macambira, Ricardo Souza, que reclamava de discriminação do governo por ser oposição. Ao discutir a educação, o prefeito tratou da questão do transporte escolar, que a secretaria decidiu encaminhar o próprio ônibus escolar para os municípios ao invés dos recursos para realização da licitação. O secretário assegurou isso.
Vigilantes
Ontem completou três meses que a Secretaria da Educação terceirizou a vigilância em 21 escolas do Estado. Já está aberto outro processo de licitação para contratação de vigilantes em até 50 unidades escolar. Com essa medida caiu significativamente a incidência de roubos e furtos nas escolas.
No Senado 1
Plenário deve votar hoje, em regime de urgência, o substitutivo da Câmara ao projeto de lei de regulamentação da Emenda Constitucional (EC) 72/2013, que concedeu mais direitos aos trabalhadores domésticos, e as emendas apresentadas por deputados ao projeto que amplia o âmbito da arbitragem – método extrajudicial de solução de conflitos.
No Senado 2
Também podem ser votados projetos relacionados à reforma política, que já se encontram em pauta há algumas semanas: o Projeto de Lei do Senado (PLS) 268/2011, que prevê o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais; o PLS 601/2011, que obriga candidatos e partidos a divulgar na internet relatórios referentes a recursos arrecadados e gastos na campanha eleitoral; e o PLS 60/2012, que impede doações diretamente aos candidatos.
Veja essa…
Do senador Eduardo Amorim ao avaliar o segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT): "O Governo Federal que aí está nasceu quase morto. Está perdendo muitas votações no Congresso. É um governo sem crédito".
Curtas
Ficou agendado para o próximo dia 25 de maio mais uma reunião do senador Eduardo Amorim com a bancada de oposição em Sergipe. Será durante almoço no Cacique Chá.
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Terminou ontem o prazo para que os eleitores brasileiros que deixaram de votar ou não justificaram a ausência nas três últimas eleições fiquem quite com a Justiça Eleitoral. Caso contrário, o título eleitoral poderá ser cancelado.
De acordo com o último balanço divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do total de dos 1.782.034 eleitores, somente 48.954 haviam regularizado sua situação (2,75%).