Além de Sergipe, nos últimos cinco dias pelo menos mais 20 estados brasileiros já anunciaram a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre o valor dos combustíveis.
Petrobras reajusta combustíveis em 4,85%, primeiro aumento do ano
Publicado em 12 de janeiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
A partir de hoje os contribuintes brasileiros passam a pagar mais caro pelo litro da gasolina [comum e aditivada], bem como do óleo diesel. Em comunicado oficial apresentado no final da manhã de ontem pelo governo federal, através da Petrobras, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras salta de R$ 3,09, para R$ 3,24 por litro. Essa evolução inflacionária representa um aumento real de 4,85%. Apesar de os proprietários de veículos movidos a gasolina terem impulsionado às críticas ao presidente Jair Bolsonaro, devido à política administrativa de preços adotada pela estatal, o índice de reajuste aplicado sobre o litro do diesel foi ainda mais representativo para o bolso do cidadão consumidor.
O cálculo inflacionário alcançou a casa dos 8,08%, se comparado ao preço cobrado até o final da noite de ontem. Com isso, desde o início da madrugada de hoje o preço médio de venda do óleo diesel da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Como o reajuste na tabela foi repassada nas últimas horas, a expectativa comercial é que o valor final, já com o mais recente aumento, seja atualizado nos postos de combustíveis até a próxima sexta-feira, dia 14. Esse repasse aos milhões de contribuintes brasileiros vai variar de acordo com o nível de estoque destes produtos, armazenados por cada posto de combustíveis.
No comunicado, a empresa estatal enaltece que o último aumento foi anunciado em outubro do ano passado, quando, naquele momento, a gasolina teve alta de 7% e o diesel de 9,2%. Já 15 de dezembro, a Petrobras reduziu o preço da gasolina em R$ 0,10; foi a última alteração de 2021. No acumulado dos últimos 12 meses, a gasolina teve alta contabilizada de 68,6%; o diesel: 64,7%. Essa análise econômica leva apenas em consideração a gasolina e o diesel – ambos do tipo ‘A’, ou seja, sem contar as misturas obrigatórias de 27% de etanol anidro na gasolina e de biodiesel no diesel. Economistas sergipanos apontam os combustíveis como protagonistas desta disparada inflacionária.
Ainda de acordo com o governo federal: “esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras.” Até início da noite de ontem não houve manifestação oficial por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).