Quinta, 22 De Maio De 2025
       
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PM agride mulher com soco no rosto durante cavalgada


Publicado em 07 de fevereiro de 2023
Por Jornal Do Dia Se


As imagens registradas por populares – com a utilização de aparelhos telefônicos -, mostram o exato momento em que um policial não identificado atingiu com um soco o rosto da jovem de 23 anos. Foto: Reprodução/TVSergipe

Milton Alves Júnior

Depois que o governador Fábio Mitidieri utilizou as redes sociais para repudiar o ato de agressão protagonizada por um agente da Polícia Militar contra uma mulher na tarde do último domingo (5), logo no início da manhã de ontem a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), por intermédio da Corregedoria da Polícia Militar, oficializou que vai investigar o caso.
O ataque violento aconteceu no município de Cristinápolis, enquanto era realizada uma cavalgada clandestina, segundo a corporação militar. Segundo Cleidiane Oliveira – vítima da agressão -, os policiais chegaram ao local sem cordialidade, mesmo o ambiente não apresentar nenhum indicativo de vulnerabilidade para o público presente, tampouco para os operadores da Segurança Pública.
As imagens registradas por populares – com a utilização de aparelhos telefônicos -, mostram o exato momento em que um policial não identificado atingiu com um soco o rosto da jovem de 23 anos. Após ter conhecimento do vídeo, Fábio Mitidieri publicou: “não admitimos violência contra a mulher em nenhuma hipótese! Ao tomar conhecimento do ocorrido durante cavalgada de Cristinápolis, determinei ao secretário de Segurança Pública que a Corregedoria da PM apure com rigor o fato!.” A apuração deste caso foi autorizada pelo secretário da Segurança Pública, João Eloy. Também pelas redes sociais a deputada estadual Linda Brasil se pronunciou sobre a ocorrência, lamentou a cena de agressão, bem como pediu breve punição ao agente público.
Em contraponto aos denunciantes, uma nota produzida pela Policia Militar do estado de Sergipe informou que no momento do atrito: “alguns populares presentes incitaram uma revolta contra a guarnição. A condutora, então, passou a xingar os policiais militares e, ato contínuo, se apossou de uma pedra e arremessou na direção dos policiais. Ao tentar arremessar novamente a pedra contra a guarnição, um dos militares, agindo em defesa própria e dos companheiros, utilizou uma ação mais enérgica para repelir a injusta agressão perpetrada por essa pessoa.” Esta argumentação foi contestada por Cleidiane Oliveira. Em depoimento concedido à Polícia Civil, ela revelou que no momento da fúria de fato se apossou de uma pedra, mas em momento algum chegou a arremessar contra os policiais.
“Eles já chegaram com grosseria, xingando todo mundo. Ao se aproximar de mim e da minha companheira, eles derrubaram a minha moto, puxaram meu cabelo e ameaçaram. Depois disso peguei meu celular e comecei a filmar; foi aí que eles ficaram mais raivosos. Não consegui filmar a parte que ele me deu um murro na cara, mas felizmente outras pessoas também estavam filmando. É por estas e outras situações que eles são contra botar câmera nos uniformes. Sei que na Polícia tem muitos que agem com educação e na base do diálogo, não foi o caso desses que estavam trabalhando em Cristinápolis nesse final de semana. E olha que não havia perigo nenhum de revolta e briga generalizada. Totalmente despreparados”, denunciou Cleidiane.

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