PMA permitirá funcionamento de bares do mercado durante o Forró Caju

Milton Alves Júnior
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A Prefeitura de Aracaju decidiu permitir que donos de barracas instaladas no Mercado Albano Franco possam comercializar alimentos e bebidas durante os 11 dias de Forró Caju 2015 que este ano ocorre entre os próximos dias 19 e 29. O alvará de funcionamento foi concedido na tarde de ontem pela Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), responsável pela coordenação do evento. Menos de dez horas após o Jornal do Dia ter denunciado uma possível inviabilidade deste movimento econômico, uma comissão formada por gestores municipais esteve no local indicado para dialogar com os vendedores que apresentaram a queixa e buscar soluções para a reivindicação.

Em entrevista, o secretário de comunicação Carlos Batalha garantiu que foi surpreendido com a crítica feita pelos trabalhadores. Segundo ele, o governo municipal não tem interesse em prejudicar a venda destes trabalhadores e aproveitou a oportunidade para divulgar bonificações destinadas aos vendedores. "Ficamos sabendo dessa crítica por parte de vocês e por isso viemos aqui pessoalmente garantir que eles poderão sim trabalhar. Enfrentamos um período difícil em nossa economia e proibi-los de gerar renda extra nesse período seria um erro. Quero também garantir que, aquele vendedor que estiver em dias com o pagamento mensal pelo uso do quiosque, este estará livre da taxa para vender dentro do Forró Caju", destacou.

Na manhã da última terça-feira, 09, donos de bares informaram que a direção do mercado, que fica localizado na área central da cidade e é administrado pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), teria oficializado a suspensão das vendas durante a realização do Forró Caju. Essa medida provisória geraria, segundo os denunciantes, prejuízos estruturais e financeiros para um grupo de trabalhadores que atuam na região. Ainda de acordo com o secretário, o prefeito João Alves trabalha para agregar progresso ao evento e às centenas de trabalhadores que atuam na realização da maior festa junina de Sergipe. "Trabalhamos para fortalecer nossa economia e garantir renda para os vendedores. Conversamos com todos e os pleitos deles foram atendidos", pontuou Batalha.

Paralelo à obrigatoriedade de não abrir as barracas, os denunciantes alegavam falta de segurança ostensiva na região. Essa situação de calamidade estaria contribuindo para que houvesse facilidade por parte de meliantes e vândalos interessados em furtar e destruir os quiosques destes trabalhadores. Novamente procurada pelo Jornal do Dia, Dilma Bittencourt, responsável pela oficialização da denúncia, agradeceu o apoio concedido pelo veículo de comunicação e destacou a postura do secretário ao debater o assunto. "Ele disse que não sabia dessa proibição que realmente teve, mas como vocês nos ajudaram com o problema, ele veio aqui e garantiu que vamos poder trabalhar", afirmou.

Presença – Além do secretário, participou também o diretor presidente da Emsurb, Edson Leal; o comandante da Guarda Municipal de Aracaju, coronel Enilson Aragão; o vereador Jailton Santana; o diretor de comunicação André Carvalho; e representantes da associação de vendedores do Mercado Albano Franco. "Agora estamos mais relaxados e vamos correr contra o tempo pra poder se preparar para o nosso São João. Espero que nos próximos anos a gente não passe por essa aflição novamente", disse a vendedora Josefina Santos Silva.