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POLÍCIA CIVIL MOSTRA ESQUEMA DE GOLPISTAS INVESTIGADOS


Publicado em 04 de agosto de 2012
Por Jornal Do Dia


DOCUMENTOS DE ESTELIONATÁRIOS

Cartões e documentos apreendidos pela polícia

Policiais do Departamento de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP) da Polícia Civil desarticularam um esquema criminoso de estelionatários que agia em Sergipe. A quadrilha aplicou golpes em dezenas de empresas e pessoas físicas da capital e do interior. Segundo a delegada Carina Rezende, a investigação para prender os acusados iniciou na 2ª Delegacia Metropolitana (Getúlio Vargas), a partir de um boletim de ocorrência feito pela proprietária de um imóvel informando que havia sido enganada por uma de suas inquilinas. A acusada, segundo a polícia, é Silvia Irani Santos Bezerra, que utilizou o nome dela para fazer cartões de crédito e financiar uma série de bens e serviços.

Os policiais da 2ª DM fizeram várias diligências e descobriram que a dona do imóvel havia sido vítima de uma grande quadrilha e decidiram remeter o caso para o DDCP.  "Logo no início da investigação, confirmamos que a quadrilha não se restringia ao crime registrado na 2ª DM, eles também falsificavam carteiras de identidade do Instituto de Identificação de Sergipe e utilizavam esses documentos para fazer comprovantes de residência e de renda com clara intenção de abrir contas bancárias, fazer cartões de crédito e contratar financiamentos de produtos e serviços no comércio sergipano", destacou Carina Rezende.

Com a identificação dos autores, a delegada pediu à Justiça um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão. Os mandados foram cumpridos nesta quarta-feira no bairro 13 de Julho (zona sul de Aracaju). Na residência e no carro de Sílvia, considerada líder do bando, foi encontrado dezenas de documentos. Ela acabou não sendo presa porque a Justiça concedeu habeas-corpus permitindo que ela responda ao inquérito em liberdade. No entanto, o comparsa dela, André Luiz de Santana Leite, foi detido. A polícia busca agora o uruguaio Ramirez Ismael da Rosa Cicerale, que tem envolvimento com o esquema.
De acordo com a delegada Carina, a quadrilha era tão bem articulada que sua equipe teve que elaborar um organograma para identificar a atuação de cada membro, bem como identificar quais as empresas e pessoas que foram vítimas dos integrantes do bando. "Descobrimos que um deles era responsável por falsificar carteiras de identidade, outros por adulterar comprovantes de residência e declaração de Imposto de Renda e outros por conseguir dados de pessoas idôneas para utilizar o nome delas nos golpes", pontuou Rezende.

De posse de toda documentação, os estelionatários provocaram prejuízo financeiro e moral a pessoas físicas e empresas do Estado. Carina explica, ainda, que ainda não é possível saber o tamanho do prejuízo causado, mas pela quantidade de documentos, talões de cheque e cartões de crédito apreendidos com Silva a estimativa seja bem superior a R$ 150 mil. "Eles financiavam carros, motos, locavam imóveis em bairros de classe média alta, solicitavam serviços de TV por assinatura, serviços de telefonia celular e internet de operadoras nacionais. As contas eram enviadas para os endereços fornecidos pelos estelionatários, mas como se tratava de um golpe as faturas nunca eram pagas", disse.

No tocante à falsificação de documentos, os policiais descobriram que a foto de uma mesma mulher aparece em três carteiras de identidade, porém com nomes diferentes. A delegada acredita que os estelionatários conseguiram documentos de pessoas reais, logo faziam duas vítimas: a pessoa que teve utilizado indevidamente e a empresa que concedia o crédito ao falsificador. A polícia descobriu que André Luiz Santana utilizou até os documentos de uma pessoa que morreu em 2009 para fazer vários empréstimos consignados. Com ele, a polícia apreendeu canhotos de um talão de cheque do Banco do Brasil totalmente utilizados no comércio.

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