PREÇOS SE NORMALIZAM NO MERCADO CENTRAL

Milton Alves Júnior

Ao longo das últimas semanas, o JORNAL DO DIA vem acompanhando a oscilação dos preços de produtos comercializados no Mercado Albano Franco, em Aracaju. Conforme o último levantamento, realizado na tarde de ontem, pôde-se perceber que a pinha é a vilã dos altos preços no setor das frutas. Antes a caixa era comercializada por R$ 50 para os revendedores, hoje esse produto não sai por menos de R$ 70. Para muitos vendedores que se mostraram surpreendidos com o aumento, a saída para não perder clientes e contabilizar prejuízos, é comprar em pequenas quantidades.

Luciana Bispo, vendedora ha mais de oito anos no mercado, garantiu que os demais produtos continuam com preços estáveis. "Toda semana é sempre esperado que algumas frutas apresentem elevação nos preços, mas dessa vez foi fora do comum. Enquanto a uva e a maçã não apresentaram mudanças, a inflação na pinha foi grandiosa", afirmou. O quilo da uva é comercializado por uma média de R$ 2 e da maçã R$ 4. Já o kiwi, pouco procurado nas feiras livres, sai em média por R$ 9. Questionada quanto às mudanças estruturais no mercado, a vendedora aprovou a atitude da Prefeitura de Aracaju (PMA).

Limpeza – "Era difícil transitar por aqui sem não se barrar com o lixo acumulado. Agora, sem contar com a limpeza dos corredores, os box estão modernos e numerados. Para chegar perto da perfeição, só falta a PMA cobrar dos demais comerciantes que modifiquem para melhor as bancas. Não podemos ser prejudicados pela irresponsabilidade dos outros", pontuou Luciana. Apesar da esplêndida organização de alguns vendedores, outros continuam desrespeitando a orientação dos agentes de fiscalização da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). Para Maria da Conceição, que vende banana e mamão de diversos tipos, um trabalho em conjunto deve ser promovido diariamente no local.

"Todos devem se comprometer em oferecer um espaço mais limpo e agradável. Não adianta se preocupar em revender alimentos bonitos e saudáveis se o espaço não apresenta um aspecto limpo. Se todos aqui fizessem a sua parte, a sociedade poderia comparecer em maior número", disse. Ressaltando a dificuldade em conquistar melhores lucros, Conceição concluiu dizendo: "Meus produtos são comprados principalmente dos estados de Pernambuco e Alagoas. Essa logística nos custa caro, e para melhorar a nossa renda, basta apenas união entre todos os vendedores". Os preços do mamão variam entre R$ 1,50 e R$ 2,50 a depender do tipo e tamanho. Já a dúzia da banana é comercializada por uma média de R$ 1 e R$ 2.