PRF conclui que ônibus de Devinho Novaes estava em alta velocidade

Gabriel Damásio

As investigações sobre o acidente de ônibus que envolveu a equipe do cantor Devinho Novaes, em 31 de janeiro na cidade de São Sebastião (AL), avançaram. Nesta sexta-feira, a imprensa alagoana divulgou o resultado de um laudo pericial da Polícia Rodoviária Federal em Alagoas (PRF/AL), que apontou as possíveis causas do acidente.
Segundo o documento, o ônibus que transportava Devinho e sua banda estava em alta velocidade no momento em que perdeu o controle e capotou em um barranco no quilômetro 208 da BR-101, próximo à divisa com Sergipe. O acidente deixou 10 pessoas feridas, incluindo o próprio Devinho, e causou a morte do saxofonista da banda, Cláudio Douglas dos Santos, o “Jack Sax”, 34 anos.
A perícia analisou o tacógrafo do ônibus, um equipamento que faz a medição da velocidade com base na quilometragem percorrida e no tempo levado para percorrer aquela distância. A análise dos dados registrados concluiu que o ônibus do cantor estava a 100 quilômetros por hora (km/h) em um trecho de curva, onde a velocidade máxima permitida é de 40 km/h – mais que o dobro do permitido.
Em nota, a PRF alagoana confirmou as informações e disse que o laudo faz parte de um documento chamado “Boletim de Acidente”, que foi entregue ao 86º Distrito Policial, em São Sebastião. “Existem vários fatores que podem ocasionar um acidente, um deles pode ser considerado como velocidade incompatível, mas a Polícia Civil que vai investigar. O boletim de acidente é um documento em que só as partes e a Polícia Civil podem ter acesso”, diz o comunicado.
Ainda de acordo com a imprensa alagoana, todas as testemunhas e envolvidos no acidente estão sendo contatados para prestar depoimentos na delegacia de São Sebastião. Entre eles, o motorista do ônibus, que deve depor na semana que vem. Informalmente, ainda no local do episódio, o condutor teria dito aos agentes da PRF que tentou passar pela curva em alta velocidade, ao acreditar que daria pra passar por ali.