Manifestação dos professores da rede municipal em frente à Câmara.
Professores do estado fazem nova paralisação
Publicado em 11 de maio de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Seguem suspensas até amanhã, todas as atividades educacionais realizadas em instituições de ensino administradas pelo governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc). A interrupção das aulas e demais ações escolares foi deliberada na última sexta-feira (6), pelos profissionais da educação, como forma de protestar e pressionar o governador Belivaldo Chagas Silva no que se refere ao desconto de 14% nas aposentadorias, bem como devido à ausência de plano de carreira.
Coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), a paralisação teve início na manhã de ontem, quando dezenas de professores decidiram ocupar a entrada principal do Palácio Governador Augusto Franco (Despachos).
A presidente do Sintese, Ivonete Cruz, chamou a atenção para a contínua ausência de um plano de carreira.
“Vamos precisar de uma ação de luta intensa pelos nossos direitos, nas ruas, nas redes sociais, em todos os espaços possíveis. Precisamos aumentar nosso exército de luta e de resistência, pois a retomada da carreira do magistério, a reconquistas dos nossos direitos retirados pelo governo Belivaldo vai precisar de muita ação de luta”, declarou. Poucas horas após o ato público em frente ao Palácio dos Despachos, a direção da entidade sindical enalteceu que a luta contra o desconto de 14% continua. Depois do ato em Aracaju, foi aprovada uma nova agenda de atos, denominadas: “Desamor de Belivaldo às Mães Aposentadas”, foi aprovada. No dia 04 de junho uma manifestação será realizada na cidade de Propriá;
Professores de Aracaju – A manhã de ontem também foi marcada por mobilização organizada pelos professores que atuam em escolas da rede municipal da capital sergipana. De acordo com a direção do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), o ato se fez necessário depois que o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), decidiu conceder um reajuste de 5% para os servidores municipais. Em frente à Câmara de Aracaju (CMA), o presidente do Sindipema, Obanshe Severo, destacou que em nenhum momento, durante as reuniões, a comissão de negociação da administração municipal sequer apresentou proposta paralela a fim de negociar o indicativo percentual e minimizar os desgastes provocados pela defasagem salarial.
“Em 2022 a gente chega com uma defasagem salarial de 80%. Quem tiver alguma dúvida, é só pegar o piso salarial de 2022 e dividir pelo de 2016 – valor que é pago até hoje em Aracaju. Além disso, no último dia 29 de abril o prefeito anunciou o percentual de 5% para todo o magistério. Mais uma demonstração de desrespeito com as(os) professoras(es) e com a educação pública”, criticou Obanshe Severo.
Em contraponto a Secretaria Municipal da Educação (Semed) informou que: “além do reajuste concedido de 5% para todos os servidores, a Prefeitura Municipal de Aracaju criou uma gratificação especial, que será paga aos profissionais do magistério exercício e que vai variar de R$ 2.500 a R$ 4.100. A partir do reajuste, os salários dos professores da rede municipal poderão chegar a R$ 11.874,21, somando aos demais benefícios.”