Ato em frente a sede da PRF em Aracaju
Protestos contra assassinato em Umbaúba continuam
Publicado em 28 de maio de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Pelo segundo dia consecutivo populares foram às ruas no estado de Sergipe com o propósito de impulsionar os atos públicos que pedem investigação, punição e transparência total nos procedimentos administrativos e jurídicos os quais envolvem a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos. O óbito, provocado por asfixia mecânica, ocorreu na última quarta-feira (25) na cidade sergipana de Umbaúba, durante abordagem realizada diretamente por três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na manhã da quinta-feira, 26, centenas de manifestantes ocuparam e bloquearam parte da rodovia BR-101 por mais de cinco horas; já nas primeiras horas de ontem o movimento popular aconteceu rente a sede da PRF, na Avenida Maranhão, região Norte de Aracaju, e à tarde na avenida Rio de Janeiro, em frente à se da PF.
Diante da repercussão internacional que o caso alcançou, também na manhã desta sexta-feira, mobilizações presenciais contendo as mesmas pautas visualizadas em Sergipe foram registradas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Espirito Santo e Bahia. No campo virtual, através de redes sociais, o JORNAL DO DIA identificou que houve campanha nas demais 21 unidades federativas do país, além do Distrito Federal. A metodologia operacional utilizada pelos policiais federais foi comparada a uma câmara de gás, também, em veículos de imprensa de grande circulação nos estados da França, Espanha, Alemanha, Itália, Estados Unidos, além de países que compõem a América do Sul, a exemplo da Argentina, Uruguai e Chile.
Enquanto milhões de pessoas seguiam se manifestando contra a abordagem policial, a mais alta cúpula da Anistia Internacional Brasil notificou o governo Federal cobrando providências, sobretudo junto ao próprio ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. A documentação protocolada pela entidade frisa que a pasta é responsável pelo trabalho da Polícia Rodoviária Federal e, por este motivo, exige o compartilhamento breve de informações a respeito da ocorrência. Foi pedido ainda informações sobre o afastamento dos agentes, ocorrido desde a tarde da quinta-feira. No Brasil, há pressão por parte do Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, Polícia Federal, Ordem dos Advogados do Brasil, Câmara e Senado Federal, além de centenas de entidades sociais.