PSDB, a origem do mau

* Rômulo Rodrigues

Cada dia que passa fica mais e mais evidente que todo o esquema apurado nas investigações Lava Jato tem, no mínimo, 15 anos e que tudo começou no governo de FHC.
Paulo Roberto começou sua escalada de ascensão na Petrobras, ocupando um cargo na ante-sala da diretoria, em 1997, na quota do PP, indicado pelo Ministro da Fazenda Francisco Dorneles, primo do Senador Aécio Neves.
Um ano antes 1996, começara a operar o Sr. Pedro Barusco, acusado de desviar 250 milhões de Reais e em 2000, começou a operar o Sr. Fernando Baiano. Tudo nos governos tucanos.
Por infeliz coincidência foi nesse período que o Presidente Fernando Henrique Cardoso nomeou Ministro do STF o Dr. Gilmar Mendes que hoje é declaradamente um tucano para o que der e vier.
O mesmo Ministro pediu vistas do processo que julga o financiamento empresarial de campanhas, em abril deste ano, e mesmo sabendo ser voto vencido, não devolve o processo para ser finalizada a votação no pleno do tribunal.
Hoje, os escândalos estão deixando o povo estarrecido, mas é preciso esclarecer que, neste caso, a causa de tudo é o afrouxamento do controle para contratar Empreiteiras pela Lei 9478\97, de FHC, que fragilizou o controle de Governança da Petrobras.
Nos vazamentos seletivos de depoimentos da operação Lava Jato, mesmo contrariando o Juiz Moro e o grupo de Procuradores Federais e Delegados da Polícia federal, alguns pingos acabam molhando as fichas de tucanos e aliados. Por essas goteiras já se sabe que o PSDB, DEM e PSB receberam 160 milhões de Reais das Empreiteiras denunciadas e investigadas na seguinte ordem de valores; 129,34 milhões ao PSDB, 15,85 milhões ao DEM e 15,57 milhões ao PSB.
Essas doações contribuíram para eleger os Governadores Geraldo Alckmim e Beto Richa, e os Senadores José Serra, Álvaro Dias e Antonio Anastásia, além de financiarem as campanhas de Aécio Neves para Presidente do Brasil e Pimenta da Veiga para Governador de Minas Gerais. Em comum é que sãos todos do PSDB.
Um ex-executivo do Banco Itaú, que arrecadou para José Serra em 2010, arrecadou da Empreiteira UTC, 7 milhões de Reais para a campanha de Aécio em 2014.
Durante a campanha presidencial o candidato tucano batia na tecla da acusação que o País estava estagnado, que não havia crescimento econômico e que a política externa do PT era ideologizada e por isso o Brasil perdera a confiança do resto do mundo.
Os últimos indicadores econômicos provam que ele mentia tentando tirar votos de Dilma.
A verdade revelada hoje é que, em 2008, um grupo formado por Edmar Bacha, Pedro Malan, Armínio Fraga e outros, todos pertencentes ao governo FHC, elaborou a tese defendida por Aécio que receitava a volta do Estado Mínimo com arrocho salarial, perda do poder de compra do Salário Mínimo e desemprego alto como forma de manter uma inflação baixa e frear as lutas dos trabalhadores por melhores salários além de focar a política externa na velha submissão aos estados Unidos e Europa.
O que na realidade eles não aceitam é a comprovação de que o Brasil é reconhecido como o que tem a economia que melhor está enfrentando a crise aguda do Capitalismo, aplicando um receituário oposto ao que eles preconizavam, priorizando o Emprego e a Renda do Trabalhador, numa conjuntura internacional onde no Reino Unido, Alemanha, Holanda, República Checa e Espanha a juventude está muito pessimista quanto ao futuro e pensa em mudar para outro País, aqui no Brasil, têm 120 mil vagas para preencher para motoristas de carretas para transportes de cargas pesadas.

* Rômulo Rodrigues é militante político