Luiz Carlos Souza Silva, o coordenador de Preservação de Mananciais e Segurança de Barragens da Deso (Divulgação)
Rio São Francisco tem papel fundamental no abastecimento de água para os sergipanos
Publicado em 05 de janeiro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) conta com 150 fontes de água na natureza, entre rios e poços, e o rio São Francisco configura-se como a principal fonte de abastecimento. O Velho Chico, como é popularmente conhecido, destaca-se pela grande extensão e volume de água disponível, passando por cinco estados e 521 municípios brasileiros, nascendo em Minas Gerais e desaguando na divisa entre Sergipe e Alagoas, no Oceano Atlântico. “Além disso, a água do rio não sofre muitas interferências humanas de iniciativa privada e agrícola, o que preserva a sua qualidade”, explica o coordenador de Preservação de Mananciais e Segurança de Barragens da Deso, Luiz Carlos Souza Silva.
O São Francisco conta com 2.863 quilômetros de extensão e sua bacia hidrográfica tem uma área de aproximadamente 641 mil quilômetros quadrados, o que resulta em 2.943 metros cúbicos de água por segundo. Outro fator de grande importância é que o rio não sofre com a estiagem, pois, de acordo com dados do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a bacia do São Francisco possui aproximadamente 168 afluentes, sendo que 99 são perenes e 69 são intermitentes.
Existem três tipos de rios: efêmeros, intermitentes/temporários e perenes. Os rios efêmeros existem somente quando fortes chuvas acontecem. Já os intermitentes são aqueles cujos leitos secam ou congelam durante algum período do ano, e os perenes são os que correm durante o ano todo.
Por essas e outras razões, Luiz Carlos considera que a transposição do Rio São Francisco para a bacia do Rio Sergipe permite o fornecimento de água para a região metropolitana e todo o médio sertão. “Não teríamos como existir sem o Rio São Francisco, uma vez que ele é o nosso principal fornecedor de água, tanto para o abastecimento das cidades como para a agricultura, a exemplo do projeto de irrigação Platô, de Neópolis”, defendeu o coordenador.