Quarta, 11 De Dezembro De 2024
       
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Salões de beleza diversificam serviços para atrair clientela e aumentar faturamento


Publicado em 19 de julho de 2015
Por Jornal Do Dia


Ir ao salão apenas para cuidar da beleza é coisa do passado. Como forma de inovar e conquistar a clientela, micro e pequenos empresários do setor em Sergipe apostam na ampliação dos serviços oferecidos. Em alguns espaços, é possível encontrar cosméticos, bijuterias e até mesmo bebidas. A estratégia tem dado certo e representa um bom caminho para enfrentar o difícil período da economia.
Em janeiro deste ano, o microempresário Yann Rainer colocou em prática um projeto de barbearia que, ao mesmo tempo, oferece os serviços de bar. Ele buscou inspiração no exterior. "A ideia surgiu durante um período em que morei na Europa e percebi que era um negócio em expansão por lá. Após um estudo de mercado em Aracaju, identifiquei ser viável por aqui também".
Em um formato semelhante a um pub (public house ou estabelecimento para venda de bebidas alcoólicas), o local funciona como ponto de encontro para jogar conversa fora e apreciar cervejas nacionais e importadas. "Como os dois serviços são de interesse do público masculino, o bar aumenta o ‘ticket médio por cliente’. Muitos que antes só cortavam cabelo, hoje permanecem mais tempo dentro do estabelecimento, tomando uma cerveja ou um café, e acabam se seduzindo por outros serviços e produtos. E o contrário também acontece", conta Yann.
Segundo o empresário, embora o bar corresponda a 30% do faturamento, o objetivo concreto é agregar valor ao negócio. E para tirar a ideia do papel, Yann precisou recorrer ao auxílio do Banco do Nordeste. "Buscar um financiamento foi fundamental para tocar a empresa. A liberação do crédito acelerou a execução e a abertura do negócio. Sem isso, o empreendimento demoraria bastante para acontecer ou poderia não se tornar real", afirma.
Caminho semelhante foi percorrido pela cabeleireira Patrícia Rejane Matos, que montou um salão de beleza na cidade de Capela, na região Leste do estado. Além dos serviços convencionais de cortes, manicure, depilação e tratamento capilar, o local funciona como um verdadeiro ponto comercial voltado para o público feminino, porque vende perfumes, cosméticos, bijuterias, bolsas, acessórios e artigos de decoração.
"Hoje tenho clientes de vários municípios, como Aracaju, Muribeca, Nossa Senhora das Dores, Aquidabã, Japaratuba e Carmópolis", declara Patrícia, que começou no ramo aos 18 anos, quando se mudou para a capital para fazer um curso de "Cabelos e Estética". Em 1991, ela alugou um imóvel em Capela, onde oferecia um único serviço: corte de cabelos. Seis anos depois, tomou o primeiro empréstimo no Banco do Nordeste e hoje conta com um prédio próprio.
Com cinco funcionários e média de atendimento de 200 clientes por mês, a microempresária recorda como se deu a ampliação do pequeno negócio. Ela conta que a prefeitura se tornou avalista do financiamento de um grupo de empreendedores. "Procurei a prefeitura e me inscrevi com mais 15 pessoas. Dessas, só 13 foram beneficiadas e, entre elas fui a única a pagar o crédito rigorosamente em dia. Com isso, as portas se abriram para mim", lembra Patrícia. O sucesso da empresa rendeu bons frutos, entre eles a conquista do Prêmio Banco do Nordeste de Microcrédito, recebido em 2006.
Investimentos
Nos últimos três anos, o Banco do Nordeste investiu mais de R$ 1 milhão no financiamento de salões de beleza e cabeleireiros em Sergipe. E um balanço mais detalhado do setor de beleza, que inclui também saunas, clínicas de emagrecimento e de massagem estética, revela um investimento total de mais de R$ 1,2 milhão no território sergipano.
"Este é um segmento que dispõe do apoio do Banco através de várias opções de linhas de crédito e programas, especialmente o FNE-Serviços, por entender a sua importância na oferta de serviços que são crescentes na nossa sociedade", explica o superintendente estadual do Banco do Nordeste, Saumíneo Nascimento.
Uma pesquisa do Sebrae aponta que existem em torno de 300 mil cabeleireiros e manicures formalizados como empreendedores individuais, micro e pequenos empresários no Brasil. Ainda de acordo com o Sebrae, por mês, cerca de sete mil salões de beleza são abertos no país.

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