Sequestradores de gerente do BB de Itabaianinha são presos
Publicado em 10 de outubro de 2013
Por Jornal Do Dia
A Polícia Civil anunciou ontem a prisão de quatro acusados de participação no sequestro da família de um gerente da agência do Banco do Brasil em Itabaianinha (Sul), em 3 de julho deste ano. O crime foi cometido por pelo menos seis assaltantes, descobertos após quatro meses de investigações do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol). Três deles foram presos no começo da semana em Itabaianinha: a sergipana Maikely Alves dos Santos, 23 anos, e os mineiros Marcelo Alves dos Santos, 29, e Celine Cristina da Silva Santos, 20.
O quarto acusado, David Leandro Alves da Silva, 26, foi preso ontem em Serra (ES), região metropolitana de Vitória, por uma equipe de agentes do Cope e da polícia capixaba. Ele foi encontrado com uma pistola ponto 40, dinheiro e uma carteira de identidade falsa. No Espirito Santo, David já era investigado por crimes de tráfico de drogas. O parceiro Marcelo também morava em Serra, mas foi preso quando desembarcou em Itabaianinha para visitar Celine. Na casa das duas acusadas, foram apreendidas outra pistola ponto 40, um revólver calibre 38 e quase dois quilos de maconha, além de uma VW Parati que, segundo a polícia, foi roubada em Camaçari (BA).
O Cope confirmou que os quatro acusados roubaram R$ 700 mil do BB de Itabaianinha, depois de capturar o gerente do banco e mantê-lo como refém, por mais de 14 horas, na companhia de sua namorada e de um filho adolescente. Para pressionar o funcionário, os bandidos gravaram um vídeo na casa das vítimas, em Lagarto (Centro-Sul), ameaçando os parentes de morte. "Os criminosos fizeram um vídeo para que o gerente mostrasse na agência e nenhum funcionário tomasse alguma atitude enquanto o resgate não fosse pago e toda a família liberada", relatou o delegado André Baronto, do Cope, ainda em Vitória.
Os outros três acusados foram apresentados ontem em Aracaju pelo diretor do Cope, Flávio Albuquerque. Ele disse que o grupo também é envolvido com o tráfico e executou o assalto para sustentar ainda mais as ações da quadrilha. "Essa quadrilha é especializada em tráfico de drogas, mas por conta das perdas e apreensão por parte da polícia, eles acabam se endividando e consequentemente precisam se capitalizar, por isso migram do tráfico para crimes de assalto e sequestro", explicou Albuquerque, ressaltando que a polícia busca agora prender os outros dois acusados de participação no assalto. Todos vão responder pelos crimes de sequestro, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.