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Sergipe se impondo na Câmara Alta


Publicado em 30 de janeiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

 

Ao tomar posse amanhã, dia 31 de janeiro de 2025, como líder do Partido dos Trabalhadores no senado federal, o senador Rogério Carvalho terá pela frente desafios que nem o primeiro sergipano senador do partido, José Eduardo de Barros Dutra, na sua marcante passagem pela casa, teve oportunidade tão desafiadora; ser líder de sua bancada em um momento em que se trava a grande batalha entre a democracia contra a mentira como arma quase indestrutível e ferramenta política criada pela maldade humana e que se chama big tech, que são gigantes de tecnologia com poderes de dominar mentes e transformar factoides em verdades absolutas e fazem com que opiniões publicadas se materializem como a inquestionável opinião pública.
A primeira pesquisa Genial/Quest de 2025 mostrou que a aprovação do presidente Lula de 2025 mostrou que a aprovação do presidente Lula caiu de 52% para 47%; a avaliação negativa subiu de 31% para 37% entre os dias 23 e 26 de janeiro e que, para 50% dos entrevistados o país está na direção errada e para 39% está na direção certa.
A percepção sobre o governo Lula, 43% disseram ter ouvido mais notícias negativas do que positivas e 28% ouviram mais notícias positivas.
A regulação do PIX foi apontada como pior notícia por 11% e o aumento da bolsa família como a melhor notícia por 7%. Já para 66% o governo errou mais do que acertou e para 19% o governo acertou mais que errou.
Em relação à economia 39% acham que a situação piorou nos últimos 12 meses, com a boa avaliação recuando de 33% para 27% no último trimestre, com 83% assustados com as altas dos preços.
Vejamos o contraditório no cenário colocado para o novo líder; sétima queda seguida do dólar; arrecadação federal recorde em 2024 com aumento de 9,6% e R$ 20,6 bilhões em tributação aos mais ricos; constatação de que os analistas do mercado erram em 95% de suas previsões catastróficas; a indústria brasileira cresceu o dobro da média mundial, impulsionada por programas sociais, redução da inflação, ganho real de 2,5% no salário mínimo e melhoria no mercado de trabalho.
No contexto mais global no novo ranking, o Brasil já é a 7ª economia em paridade de poder de compra e a China ocupa a 1ª posição, ultrapassando os EUA que caíram para a 2ª posição e as agências avaliadoras de riscos preconizam que Dilma Rousseff é que vai acelerar a queda do império.
Então, pode se concluir que terá um ambiente propício para travar o grande debate em defesa do PT nos seus 45 anos de história e do governo que está projetando o Brasil como protagonista na agenda global?
Em tese sim, se depender da força de argumento, do perfil de bom debatedor, da firmeza e do respeito para liderar um bancada de 9 senadoras e senadores de alto nível, sim!
E, será fácil se o conjunto do partido em Sergipe recorrer ao que George Novack escreveu sobre a dupla natureza da “Lei do desenvolvimento Desigual e Combinado da Sociedade como uma lei científica da mais ampla aplicação no processo histórico”.
Diz que ela tem em si um caráter dual ou, melhor dizendo, é uma fusão de duas leis intimamente relacionadas. O seu primeiro aspecto se refere às distintas proporções no crescimento da vida social. O segundo, à correlação de forças destes fatores desigualmente desenvolvidos no processo histórico.
No turbilhão de tanta complexidade tem que haver uma pausa para dissecar o conflito ideológico e político que arrodeia o senador em sua terra para ser aceito como líder por quem ainda sente, com razão e justiça, as ausências de Marcelo Deda e José Eduardo, em meio a uma somatória de erros de todas as partes, como sequelas ainda vivas do PED de 2013.
E quem quiser fazer a melhor leitura para dar 2 passos atrás, tem que, necessariamente beber na fonte da essência do partido, dando o primeiro passo nas sábias palavras do mestre Paulo Freire em: O PARTIDO COMO EDUCADOR-EDUCANDO. Disse o mestre: “É então a coerência entre a sua prática e as suas opções proclamadas que virá fazendo o PT, enquanto educador reconhecer-se também como educando. Vale refletir: para que o PT assuma seu papel de educador enquanto partido, coerente com as suas opções proclamadas, ele tem de assumir também o papel de educando das massas populares. A sua tarefa formadora, como partido de massas e não de quadros, se dá na interioridade das lutas populares, na intimidade dos movimentos sociais de onde ele veio, dos quais não pode afastar-se e com os quais deve aprender sempre”.
O segundo passo e, mais fácil e imediato, é recorrer ao método próprio de superar suas crises agudas e sair mais forte do que quando entrou, realizando uma urgente e necessária pajelança.

 

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político

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