Sexta, 17 De Janeiro De 2025
       
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Sertanejos protestam por falta de água


Publicado em 22 de março de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Os manifestantes realizaram marcha pelas principais ruas de Poço Redondo, cobrando mais investimentos por parte da Deso. Foto: Daniel Rezende

Na iminência de se comemorar o Dia Mundial da Água (22 de março), integrantes de movimentos sociais e camponeses, de mais de dez comunidades do Alto Sertão de Sergipe, se reuniram na manhã desta segunda-feira (21), em Poço Redondo, para uma mobilização contra a falta de água na região. Os manifestantes realizaram marcha reivindicatória, pelas principais ruas da cidade, clamando por mais investimentos por parte da Deso e do Governo de Sergipe.
Na ocasião compareceram ao ato os moradores de Poço Redondo (Patos, Pedrinhas, Pedras Grandes, Maranduba e Óleo); Monte Alegre (Retiro); Canindé de São Francisco (Canindé Califórnia) e Porto da Folha (Lagoa da Volta, Deserto, Jureminha e Vitória do São Francisco). A organização do ato ficou por conta de integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA/SE), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/SE) e da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
Na pauta de cobrança o foco foi a falta de água, uma situação antiga que atinge milhares de lares em todo o Sertão Sergipano. Denunciando que em certas comunidades, as pessoas estão sem água há mais de dois anos, a coordenadora do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA/SE), Rafaela Alves, pontuou a necessidade da Deso e do Governo de Sergipe abrirem o olhar para tamanho descaso.
“O Sertão todo está mobilizado. Aqui temos Porto da Folha, Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Canindé de São Francisco porque temos que resolver a situação da falta de água, que acaba envolvendo tanto as comunidades de camponeses (e assentamentos) quanto o povo das cidades, sobretudo os mais pobres. Mais uma vez queremos dizer para a Deso que a gente precisa que ela organize essa situação de falta de abastecimento de água. Não é possível até hoje, as pessoas ficarem mais de 20 dias sem acesso à água, sendo que algumas regiões não recebem água há mais de dois anos. Essa é uma triste realidade em que nós estamos vivendo há muito tempo”, disse Rafaela.
De acordo com o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/SE), Roberto Araújo, o ato, em reverência ao Dia Mundial da Água, tratou-se de uma luta em defesa da água e do abastecimento para a população mais carente. “A gente já não aguenta mais essa situação. A Deso tem que dar uma resposta em relação a falta de água. No MST, nos sabemos o quanto o povo assentado está sofrendo. Queremos saber por que antes chegava água e agora não chega mais? Se existe rede de água, por que não temos água em nossas torneiras? A Deso precisa fiscalizar isso, pois provavelmente existe algum desvio de água acontecendo aí. Hoje foi um dia de luta e mobilização pra cobrarmos das autoridades que resolvam o problema de falta de água o mais rápido possível.

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