SSP abre negociações com Movimento Polícia Unida e faz promessas

O secretário de Segurança Pública, João Eloy de Menezes, e as lideranças do Movimento Polícia Unida fizeram na manhã de ontem a primeira reunião após o início das mobilizações dos policiais civis e militares contra o governo do estado. O encontro serviu como um aceno do governo, pois foi dada a garantia de que uma contraproposta do Estado será apresentada na mesa de negociação permanente nos próximos dias.
O secretário João Eloy informou que os projetos do Governo estão sendo discutidos junto à Secretaria de Estado da Administração (Sead) e à Procuradoria Geral do Estado (PGE). Após a avaliação financeira, de legalidade e aprovação do governador do Estado, Belivaldo Chagas, o projeto será apresentado na mesa de negociação.
Após este compromisso, o presidente da Associação do Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol/SE), Isaque Cangussu, se diz esperançoso. “Foi uma reunião que criou expectativas. O secretário afiançou que o Governo fará uma contraproposta nos próximos dias e que a intenção do governador é enviar um projeto à Assembleia Legislativa (Alese) no mês de fevereiro”, disse.
Isaque acrescentou também que o Secretário garantiu o compromisso que os projetos não serão enviados à Alese sem passar pela discussão com as categorias. “Assim, teremos oportunidade de discutir esses projetos, de sugerir adequações, melhorias, eventuais supressões. De fato, teremos a participação da categoria na formatação do projeto. Ficou também garantido que os ativos e os inativos serão contemplados. Essa é uma promessa, um compromisso muito importante para nós, porque nós não admitimos a exclusão, a discriminação dos aposentados da Polícia Civil, reformados e reservistas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros”, explicou o delegado.
O presidente da Adepolressaltou a importância da manutenção das mobilizações e parabenizou os colegas, lembrando que foi o engajamento das categorias nos atos que resultou nesta abertura das conversações. “Saímos, diante disso, satisfeitos, mas também conscientes de que só chegamos nesta etapa em razão de toda nossa mobilização, do engajamento da categoria. A gente não pode abrir mão da mobilização, do engajamento, sob pena de voltarmos à estaca zero, perder o que nós já conquistamos até aqui, que foi, pelo menos, a abertura do diálogo. Nós consideramos que agora o diálogo foi aberto. A negociação ainda não começou, mas o secretário de segurança se comprometeu com a negociação entre governo e categorias, através dos representantes do Movimento Polícia Unida”, advertiu.