Quarta, 26 De Março De 2025
       
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Com aumento de casos de covid-19, professor da UFS aprova aulas virtuais


Publicado em 27 de janeiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Lysandro Borges é professor do Departamento de Farmácia da UFS

Milton Alves Júnior

Menos de 24 horas após o pesquisador e coordenador da Força Tarefa Covid-19 em Sergipe, Lysandro Borges, ter revelado a perspectiva de ampliação significativa no quantitativo de pessoas testando positivo para a doença em todos os 75 municípios regionais, docentes da Universidade Federal de Sergipe (UFS) se reuniram em assembleia extraordinária e deliberaram pela suspensão do retorno presencial ou híbrido. Esse reencontro presencial entre educadores e acadêmicos estava previsto para acontecer já a partir da próxima terça-feira, dia 31 de janeiro. No encontro, os servidores propuseram a manutenção do ensino remoto. Na concepção da classe trabalhadora, a menor unidade federativa do país vivencia um novo momento de crise protagonizada pelo coronavírus, bem como pela Influenza A H3N2.
Lysandro, que também integra o Comitê Técnico-Científico e é professor da própria instituição federal de ensino superior, conversou na manhã de ontem com o JORNAL DO DIA e esclareceu que, apesar de milhões de sergipanos estarem parcial, ou totalmente imunizados, o não uso de máscaras e desrespeito ao distanciamento social, contribui para que um número crescente de pessoas esteja apresentando sintomas da doença que já matou mais de seis mil sergipanos. Por enquanto, unidades hospitalares das redes particular e pública garantem que não há superlotação nos leitos destinados ao público com teste positivo para a doença, mas confirmam que houve aumento superior a 300% se comparado com a última quinzena do ano passado.
“É sempre importante lembrar as pessoas que a vacina foi desenvolvida para salvar milhões de vidas em todo o mundo, mas ela ainda é incapaz de evitar que a pessoa seja infectada e apresente indisponibilidade provocada pela própria Covid. Buscar uma unidade de saúde e ser imunizado se trata de um ato inteligente, necessário e fundamental para a tentativa de retorno à normalidade, mas além dessa medida, outras posturas individuais devem ser praticadas todos os dias: usar máscaras e evitar ao máximo participar de aglomerações são algumas delas”, destacou. Questionado quanto a possibilidade de Sergipe vivenciar um novo pico da doença, ele revelou que até o próximo mês de março o cenário pode estar mais grave.
“Se continuar nessa evolução diária de novos casos sendo registrados, março. Até o início do carnaval, que no calendário assinala a partir do dia 25 de fevereiro, é possível que estes registros preocupantes se multipliquem. Ao contrário dos outros picos, devido à vacina, será uma crise menos fatal, com indicativo de 3.000 novos casos diários de pessoas infectadas em toda a região de Sergipe, e seis mortes diárias; diferente dos 38 óbitos registrados todos os dias nos momentos mais tensos do ano passado”, completou. Na última segunda-feira, dia 24, dos 239 testes realizados pela Secretaria Municipal da Saúde no Centro de Aracaju, 43% apresentaram resultado positivo para a covid-19. Essa contabilidade foi destacada pela direção da Associação dos Docentes da UFS (ADUFS).
Para Romero Venâncio, professor da UFS e presidente da ADUFS, ao longo dos últimos dois anos a comunidade universitária se deparou com a necessidade de mudar a forma de desenvolvimento das atividades educacionais, está saturada do modo ‘aula virtual’, mas reconhece que ainda não é o momento ideal para reiniciar o fluxo normal de aulas presenciais. “Estamos cansados do ensino remoto. Sabemos que há diferenças substanciais entre as atividades presenciais e remotas, mas compreendemos que o fundamental é a defesa da vida. Por isso o mais cuidadoso é não termos atividade presencial neste momento”, avaliou. Até o início da noite de ontem a direção da UFS não se manifestou oficialmente sobre a decisão deliberada pelos professores.

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