Marcelo Bratke é um pianista brasileiro radicado em Londres
"Tom Jobim Plural" se apresenta em Sergipe
Publicado em 29 de agosto de 2012
Por Jornal Do Dia
O pianista e maestro Marcelo Bratke, ao lado da Camerata Brasil (orquestra de jovens músicos vindos de áreas desprivilegiadas da sociedade brasileira), realiza entre os meses de julho e dezembro a turnê nacional do projeto Tom Jobim Plural, idealizado pelo próprio Bratke e pela artista plástica Mariannita Luzzati, que assina também o filme/cenário do espetáculo. O musical, cuja entrada é franca, conta com o patrocínio exclusivo da Vale (através da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rounet) e chegará a Aracaju para única apresentação, dia 4 de setembro, às 20h, no Teatro Atheneu.
Idealizado por Bratke e Mariannita, o projeto passará ao todo por dez cidades, de oito estados brasileiros. A turnê teve início em Itabira (MG), no dia 17 de julho e, após a capital sergipana, visitará ainda São Luís (MA) e São Paulo (SP), em setembro; Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), em novembro; e Corumbá (MS), em dezembro.
Homenagem ao compositor carioca Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), o projeto enfoca os elementos de caráter sinfônico e a temática ambiental presentes em sua obra, com ênfase em uma de suas principais fontes de inspiração: a natureza.
Assim, enquanto Marcelo Bratke e a Camerata Brasil interpretam um repertório repleto de obras memoráveis de Tom Jobim, como Modinha, Saudades do Brasil, Choro, As Praias Desertas, Estrada Branca, Sabiá, Wave, Luiza e Samba de Avião, o filme/cenário da artista plástica Mariannita Luzzati será projetado em uma tela no fundo do palco, com imagens em movimento enfocando a natureza brasileira.
"A proposta é levar o público a uma viagem imaginária sonora e visual através da natureza brasileira, a maior fonte de inspiração de Jobim" afirma Marcelo Bratke.
Marcelo Bratke – Pianista brasileiro radicado em Londres, Bratke tem se apresentado nas mais prestigiadas salas de concerto do mundo como o Carnegie Hall, Festival de Salzburg, Queen Elizabeth Hall, Wigmore Hall, Konzerthaus, de Berlim e Suntory Hall, em Tóquio.
Estabeleceu sua bem-sucedida carreira superando um grave problema congênito de visão, que limitou sua vida desde a infância até os 44 anos, quando ao realizar uma cirurgia de alto risco em Boston (EUA), passou a ver o mundo como ele é pela primeira vez. Sua história agora será contada em livro, pela escritora inglesa Kate Snell, autora de uma das biografias da Princesa Diana.
Apesar de sempre embasado na tradição erudita, Marcelo Bratke tem ido além das fronteiras deste universo. Já colaborou com o pianista britânico de jazz Julian Joseph, com o percussionista Naná Vasconcelos e com as cantoras pop Sandy e Fernanda Takai. Também realizou duetos com a pianista Marcela Roggeri e a soprano Rosana Lamosa.
Observador dos contrastes sócioculturais no país, tem se dedicado a transformar a arte em um fator de engajamento social. Em 2006, criou a Camerata Brasil, uma parceria com a Fundação Vale.
Recentemente também trabalhou com vários grupos de jovens percussionistas brasileiros, que integram o seu projeto musical Carnaval Trilogy, já levado à França, Alemanha, Inglaterra, Argentina, Coréia do Sul, Irlanda do Norte e Estados Unidos. Esta passagem pelo solo norte-americano foi registrada em matéria de capa no The New York Times, com o título The Two Brazils Combine for Night at Carnegie Hall.
Nos próximos três anos, Marcelo Bratke estará ainda à frente do projeto "Villa-Lobos Worldwide", uma campanha internacional de divulgação da música de Villa-Lobos. O projeto inclui a gravação completa de sua obra para piano solo em oito CDs com a gravadora Britânica Quartz, concertos na Europa, Estados Unidos e Ásia e a produção de um documentário em inglês para TV internacional.
Marcelo Bratke estudou na Juilliard School of Music, em Nova York. Entre os diversos reconhecimentos que recebeu, figuram o primeiro prêmio no Concorso Internazionale di Musica Tradate, na Itália; o prêmio "Revelação" da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA); o prêmio Carlos Gomes; o prêmio Classic Discoveries, na Inglaterra; o prêmio Brasil na Alemanha 2006 e o Brazilian Internactional Press Award 2011. Seu CD dedicado ao Le Groupe des Six, de Jean Cocteau, foi considerado pela revista britânica Gramophone como uma das melhores gravações eruditas de todos os tempos.
Em apenas cinco anos de atividades, a Camerata Brasil realizou quatro grandes turnês nacionais, apresentando-se para o grande público nas principais salas de concerto do Brasil: da Sala São Paulo ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro; do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, ao mega concerto na Praia de Copacabana, onde Bratke e sua Camerata dividiram o palco com a Orquestra Sinfônica Brasileira e Kurt Masur, entre outros. Foram 52 concertos públicos e 46 concertos didáticos em 28 cidades brasileiras, além da gravação de DVDs e CDs e da realização de concertos no exterior.
A estreia internacional ocorreu no Japão, com uma turnê que incluiu apresentações nas mais prestigiadas salas de concerto do país, entre as quais; o Shirakawa Hall, em Nagoya, e o Suntory Hall, em Tóquio.
Em 2010, o Ministério das Relações Exteriores escolheu este projeto para a sua campanha internacional de divulgação da obra de Villa-Lobos intitulada "The Villa-Lobos Box" que incluiu a distribuição do DVD "Alma Brasileira – Marcelo Bratke e Camerata Brasil" para 20 mil diplomatas brasileiros e estrangeiros em todo o mundo e uma série de concertos celebrando Villa-Lobos e o Brasil na Europa e Estados Unidos.
Marcelo Bratke e a Camerata Brasil realizaram recentemente um memorável concerto no Carnegie Hall, em Nova York, aclamado pelo público norte-americano e elogiado pelos críticos do The New York Times, New York Post e Concert Net USA.