Sexta, 07 De Fevereiro De 2025
       
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Trabalhadores do comércio e serviços reforçam luta pelo fim da escala 6 X 1


Publicado em 04 de fevereiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se


Ronildo Almeida, presidente da Fecomse (Divulgação)

“É necessário rediscutir a relação entre capital e trabalho e construir um modelo que seja mais justo e respeitoso para todos. Podemos citar, por exemplo, a excessiva jornada de trabalho na escala 6 X 1. Há que se negociar mudanças que levem em conta a produtividade e, claro, também a saúde mental e física das trabalhadoras e dos trabalhadores. Há vida além do trabalho”, pondera o presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe (Fecomse), Ronildo Almeida.
O dirigente sindical destaca a mobilização dos trabalhadores do comércio e serviços, organizados em suas entidades sindicais, para o fechamento das Convenções Coletivas de Trabalho 2025 – nesta terça-feira, 4, ocorrerá uma rodada de negociações com o setor patronal, mediada pela Superintendência Regional do Trabalho, na sede do órgão, em Aracaju, a partir das 10h.
“A pauta de reivindicações definida em assembleias já foi entregue à classe empresarial desde dezembro. Além das cláusulas econômicas e sociais, a luta da categoria é pela redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1, reforçando o NÃO ao banco de horas. Essas são pautas históricas da categoria”, reforça Ronildo Almeida.
O presidente da Fecomse defende ser fundamental que a sociedade e o empresariado entendam o papel da classe trabalhadora e a valorizem como a principal força que faz girar a economia. “Se o patronato tem o capital, os meios de produção, nós, trabalhadores, temos a mão de obra, sem a qual não há geração de riqueza e desenvolvimento econômico para o país. Portanto, essa conta tem que fechar de maneira clara e justa também para a classe trabalhadora”, pondera Ronildo Almeida.
Mais qualidade de vida, mais produtividade – Para o presidente do Sindicato dos Comerciários e Comerciárias de Aracaju, Luan Almeida, mais tempo de descanso significa uma melhoria na qualidade de vida do trabalhador, maior produtividade e uma redução nos riscos de doenças relacionadas à fadiga. “Por outro lado, para os empregadores, segundo demonstram estudos e pesquisas, colaboradores mais satisfeitos e saudáveis tendem a ser mais engajados e eficientes, o que se traduz em melhores resultados para a empresa”, argumenta.
“Jornadas de trabalho mais adequadas já são aplicadas em várias partes do mundo e é uma discussão que está ocorrendo em todo o Brasil. Atinge diretamente os comerciários e as comerciárias, que, muitas vezes, vivenciam jornadas exaustivas, que afetam o seu dia a dia. Essa demanda reflete um anseio coletivo por melhores condições de trabalho e qualidade de vida”, explica Luan Almeida.

Pauta – Os trabalhadores do comércio e serviços esperam agilidade nas negociações para o fechamento das Convenções Coletivas de Trabalho 2025, visto que a maioria dos setores tem data-base em 1º de janeiro.
Entre as reivindicações da categoria estão a manutenção de todas as cláusulas das convenções coletivas vigentes, recomposições salariais e discussão de algumas cláusulas novas que se fazem necessárias para que haja avanços para os trabalhadores e as trabalhadoras.

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