Terça, 11 De Fevereiro De 2025
       
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Transtornos durante os protestos


Publicado em 31 de agosto de 2013
Por Jornal Do Dia


APESAR DO ANÚNCIO PRÉVIO, A POPULAÇÃO DE ARACAJU ACABOU SURPREENDIDA COM O BLOQUEIO NOS ACESSOS, GERANDO GRANDES ENGARRAFAMENTOS E PROTESTOS NO TRÂNSITO

UMA AGENTE DA SMTT TENTOU FURAR O BLOQUEIO COM O SEU VEÍCULO PARTICULAR, DISCUTIU COM MANIFESTANTES E DESMAIOU

Milton Alves
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br

Em manhã de paralisação geral, setores públicos trabalham com dificuldades, economia sofre queda e trânsito nas vias mais importantes da Grande Aracaju fica ainda mais caótico desde as 6h. Organizada por centrais sindicais, associações de bairros e integrantes do MST – Movimento dos Sem Terra, a manifestação ocorreu em todos os estados do país com perspectiva de barrar e arquivar o Projeto de Lei 4330, que tenta retirar os direitos das categorias em geral. Também na pauta de reivindicações estava a qualificação da saúde e transporte público, além da reforma agrária e política no Brasil. Preocupados com a intensidade do movimento, donos de lojas suspenderam o expediente mais cedo e dispensaram os respectivos funcionários.

Conforme informações apresentadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), desde as primeiras horas de ontem foram registrados bloqueios de tráfego na BR 235 na saída de Aracaju; Av. Melício Machado na altura do Tecarmo; Santa Maria, nas proximidades do Marivan; na cabeceira da ponte do Rio do Sal, bairro Lamarão que liga a capital ao município de Nossa Senhora do Socorro; e ainda na Av. Maranhão com Santa Gleide. Dispostos a dar continuidade a campanha de qualificação da educação pública e valorização do plano de carreira dos docentes, o Sindicato dos Professores da Rede Estadual de Ensino (Sintese) e Associação dos Docentes da UFS (ADUFS), também aderiram à greve.

Para a professora Ângela Melo, presidente do Sintese, os brasileiros estão lutando por melhorias sociais, mais concursos e por uma política pública mais representativa financeiramente para os servidores estatais. "Logo quando essa paralisação generalizada foi idealizada, trabalhadores de diversas categorias e de 17 estados garantiram apoiar a mobilização. Hoje nós possuímos milhões de brasileiros nas ruas lutando por ordem e progresso. Em Sergipe, os professores fazem parte da vasta história de lutas e seria até estranho não participar dessa mobilização", declarou. Ao todo, oito centrais sindicais, a exemplo da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Força Sindical e CSP – Conlutas Central Sindical e Popular, estavam organizando e oficializando os atos.

Participando da paralisação e manifestações de rua, o professor universitário Marcos Feitosa disse que as ações revolucionárias dos brasileiros só estão sendo promovidas em virtude de uma nítida insatisfação junto aos administradores públicos. Citando os registros recentes de violência na cidade universitária da UFS, o educador afirmou: "Necessitamos voltar a invadir as ruas porque do jeito que está não dá mais. Está tudo muito largado, a corrupção é praticada debaixo do queixo da justiça e os políticos irresponsáveis e desleais aos próprios eleitores continuam impunes". Com os governos preocupados com uma possível desordem pública, diversos efetivos da Polícia Militar do Estado de Sergipe foram às ruas para acompanhar o andamento das manifestações. Equipes do Corpo de Bombeiros também foram acionadas para apagar barreiras de fogo criadas com pneus, móveis velhos e galhos de árvores pelos manifestantes.

Na avenida Maranhão, o Movimento ‘Não Pago’ realizou mais uma edição da ‘catraca livre’. Conforme metodologia dos próprios manifestantes, os guichês de pagamento de um determinado terminal de integração são interditados e isso acaba permitindo que os passageiros usufruam do transporte coletivo de forma gratuita. Acompanhado de longe por agentes da Guarda Municipal de Aracaju, o movimento reivindicava melhorias no transporte público e a redução do preço da passagem. "Estamos nas ruas por um simples motivo: João Alves Filho não quer revogar a lei municipal que reajustou a tarifa de R$ 2,23 para R$ 2,35. Isso sem falar das visíveis irregularidades nas planilhas de preços apresentada pela SMTT e Setransp, e nenhum juiz ou o próprio prefeito mostra interesse em investigar essas denúncias feitas pelo Não Pago", disse a estudante Ludmila Cunha.

Passa mal – Uma agente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Aracaju (SMTT) passou mal após tentar furar com seu veículo pessoal bloqueio no cruzamento das avenidas Santa Gleide e Alcides Fontes, e  discutir com manifestantes.

A agente estava seguindo em direção ao trabalho, quando tentou passar pelo bloqueio, mas foi impedida. Ela discutiu com alguns integrantes do movimento, passou mal e teve que ser socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada ao hospital.

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