Sexta, 14 De Fevereiro De 2025
       
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Tribuna


Publicado em 16 de julho de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Novo monopólio
Com a crise financeira do grupo Progresso que dominou o transporte coletivo na Grande Aracaju desde a década de 1980, o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) está sendo socorrido pela Viação Atalaia, do empresário pernambucano Alberto Almeida, que chegou ao estado em 2013. A empresa vem adquirindo novos ônibus e assumindo cada vez um maior número de linhas.
Na quarta-feira (14), Edvaldo discursou: “Esse é um momento muito importante porque, apesar das dificuldades enfrentadas pelo sistema de transporte coletivo do país, em Aracaju, estamos conseguindo renovar a nossa frota. Entregamos 12 ônibus em junho, mais 10 na semana passada e, agora, mais oito, totalizando, somente em 2022, 30 novos ônibus ofertados para a população. Até o final de agosto, entregaremos mais 20, chegando a 50 novos veículos para o sistema de transporte urbano, fazendo uma importante renovação da frota e melhorando de maneira significativa os serviços, que passam a ter mais qualidade”.
Esta semana, como presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Edvaldo liderou uma mobilização em Brasília em busca de subsídios para o transporte coletivo. “Na terça-feira conseguimos a aprovação da ajuda de R$ 2,5 bilhões no Congresso Nacional para custear a gratuidade dos idosos no transporte coletivo, uma ajuda extremamente importante e que deverá chegar para os municípios, a partir de agosto. Não resolverá o problema de maneira definitiva, mas é uma grande ajuda para que o sistema respire e a gente possa investir mais no transporte coletivo urbano até o final deste ano”, reforçou.
O monopólio da Viação Atalaia pode se transformar mais pra frente num problema semelhante ao do grupo Progresso. Ou das empresas Fátima e Bomfim dos anos de 1970, que dividiam a cidade em zona norte e zona sul, cada uma com seu quinhão.

Valmir força a barra
O ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), força a barra para tentar atropelar a justiça e garantir uma improvável candidatura a governador. Há poucos dias, o TSE manteve a sua inelegibilidade por oito anos e cassou o mandato do seu filho, deputado Talysson de Valmir.
O ex-prefeito ainda tem direito a recorrer aos chamados embargos, que são considerados meramente protelatórios. Vai se apegar a isso para tentar registrar a sua candidatura, que deverá ser impugnada pelo TRE-SE no momento em que for apresentada. Será apenas uma tentativa de tentar garantir espaço para apresentar mais à frente um nome alternativo e manter o discurso de “vítima dos poderosos”.
Como prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL) chegou a ser preso acusado de crimes contra a administração pública no caso do matadouro, e foi condenado pela justiça eleitoral pela prática de abuso de poder político e econômico, com uso de propaganda irregular e uso da máquina administrativa municipal, na campanha eleitoral de 2018, para favorecer a campanha do seu filho, Tallyson de Valmir, que acabou sendo eleito o deputado estadual mais votado daquela eleição.
Não é dedo de autoridades e adversários na política estadual “que não querem ver um homem do povo, filho de açougueiro, no comando do governo do estado”, como costumar discursar o ex-prefeito e os seus aliados. Ele é acusado de crimes e responde por eles. A exemplo de Bolsonaro, candidato do seu partido a presidente, Valmir e seus apoiadores trabalham para atrapalhar o pleito.

Fake news
O Congresso Nacional adiou a apreciação do veto de trecho da Lei de Segurança Nacional sobre a divulgação de fake news. Havia previsão desse veto ser apreciado quarta-feira (14), mas o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atendeu a um pedido da bancada da minoria na Casa. Após acordo, esse veto ficou para ser apreciado em outra oportunidade.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou um dispositivo que criminalizava fake news maciças durante as eleições, da lei que definiu crimes contra o Estado democrático de direito, a Lei 14.197/2021. O trecho vetado previa cinco anos de prisão para quem cometesse o crime de “comunicação enganosa em massa”, crime definido como a promoção ou financiamento de campanha ou iniciativa para disseminar fatos inverídicos que sejam capazes de comprometer o processo eleitoral.

Reunião governista
Está marcada para esta segunda-feira (18) a reunião do bloco governista para definir o candidato ao Senado na chapa de Fábio Mitidieri (PSD). Se até lá não houver um consenso entre os três pretendentes – André Moura (UB), Jackson Barreto (MDB) e Laércio Oliveira (PP) -, o governador Belivaldo Chagas deve propor que os líderes partidários façam a escolha.
Condenado pelo STF por improbidade administrativa a prisão e inelegibilidade de cinco anos, André é o favorito de Belivaldo e de Mitidieri. A possibilidade de entendimento é muito difícil.

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