Vazão do São Francisco continua em 4 mil metros cúbicos até o dia 15.
Vazão do São Francisco continua em 4 mil metros cúbicos até o dia 15
Publicado em 02 de fevereiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Gabriel Damásio
Uma reunião realizada ontem na Sala de Crise da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), entre representantes da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), de órgãos públicos ambientais, governos estaduais e prefeituras de cidades banhadas pelo Rio São Francisco, decidiu ontem pela manutenção da vazão das águas da Usina de Xingó, em Canindé do São Francisco (Sertão), que devem permanecer em 4 mil metros cúbicos por segundo (m³/s), até o dia 15 de fevereiro.
É o mesmo volume alcançado no dia 25 de janeiro, depois que a estatal decidiu aumentar as vazões das outras usinas mantidas no rio, por força do excesso de chuvas em cidades do Alto São Francisco, em Minas Gerais, e do Vale do São Francisco, na Bahia. De acordo com a Chesf, as previsões meteorológicas apresentadas foram de permanência de chuvas nas próximas semanas em ambas as regiões, o que dá a necessidade de que os reservatórios continuem operando no regime de controle de cheias.
“Os reservatórios principais da Chesf no Rio São Francisco, Sobradinho e Itaparica (PE), estão acumulando água. Entretanto, seguindo normas e diretrizes para operação de controle de cheias, a Companhia precisa respeitar o chamado ‘volume de espera’, considerando que as chuvas na Bacia Hidrográfica do Velho Chico seguem até abril, quando se encerra o período úmido”, diz a Chesf. A estatal diz ainda que a vazão de 4 mil m³/s, pelas regras estabelecidas, é a metade do valor máximo de água que pode ser liberada, e que um novo comunicado prévio foi enviado para as prefeituras e estados ribeirinhos, a fim de alertar e prevenir as comunidades locais.
“Chamamos a atenção para a não ocupação de áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio, considerando a possibilidade de elevação da vazão a depender da evolução do quadro de chuvas na bacia. Nesse sentido, pedimos o apoio dos Poderes Públicos Municipais para o acompanhamento dessa questão no âmbito de cada município”, diz o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Maciel Nunes de Oliveira.