Depois de votar, Jackson foi festejado por moradores do bairro Santos Dumont
A senadora Maria do Carmo na chegada ao seu local de votação
Rogério saiu muito otimista da cabine de votação no início da manhã de ontem
Publicado em 06 de outubro de 2014
Por Jornal Do Dia
Depois de votar, Jackson foi festejado por moradores do bairro Santos Dumont
A senadora Maria do Carmo na chegada ao seu local de votação
Rogério saiu muito otimista da cabine de votação no início da manhã de ontem
Gabriel Damásio
Jackson Barreto de Lima, 70 anos, ex-carteiro, ex-preso político, ex-deputado federal e ex-prefeito de Aracaju, é o grande vencedor das Eleições 2014 em Sergipe, ganhando o direito de permanecer mais quatro anos no Palácio de Despachos. O candidato do PMDB, que assumiu o Governo do Estado em dezembro de 2013, com a morte do então titular Marcelo Déda, levou 53,52% dos votos válidos (537.793 votos), contra 41,37% (415.641 votos) de seu principal adversário, o senador Eduardo Amorim (PSC). A vitória no primeiro turno, que a princípio não era esperada, surgiu com força nos últimos dias, em meio a uma das campanhas eleitorais mais acirradas da história política recente do estado.
A oposição ao governo Jackson saiu derrotada, mas conseguiu emplacar a vaga no Senado Federal, dando mais oito anos de mandato para a ex-primeira-dama Maria do Carmo Nascimento Alves, 73, do DEM. A atual senadora teve 48,91% dos votos e era apontada como favorita, mas por pouco não sucumbiu ao crescimento fulminante de Rogério Carvalho (PT), que nos últimos dias conseguiu diminuir a vantagem e obteve 45,52%, em uma campanha ainda mais polarizada e acirrada.
E deve ficar para os próximos dias a definição final das cadeiras de Sergipe na Câmara dos Deputados e das bancadas que o segundo governo Jackson terá na Assembléia Legislativa. Isso porque, apesar de terem sido contados todos os votos, ainda resta a definição sobre a validade ou não dos votos de cinco candidaturas impedidas judicialmente, que aguardam julgamento de recursos nos tribunais superiores, em Brasília (DF). Enquadram-se deste caso duas candidaturas consideradas fortes: a de André Moura (PSC), que teve mais de 62 mil votos para deputado federal, e a do ex-prefeito Manuel Sukita (PSB), detentor de mais 30 mil votos para a Assembléia. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), esta soma é aguardada para a definição dos quoeficientes partidário e eleitoral, índices usados para definir os partidos que indicarão seus candidatos para o Parlamento.
Por enquanto, fica-se com a definição dos candidatos mais votados. Para a Câmara, o campeão de votos é o radialista Adelson Barreto (PTB), ligado à coligação de Amorim, que teve 131.236 votos. A estimativa é de que as coligações apoiadoras de Jackson fiquem com cinco das oito vagas na Câmara Federal, mas o peso pode se equilibrar se os votos de André forem considerados válidos. É a mesma situação da Alese, onde os partidos da situação podem levar até 13 cadeiras da casa. Por lá, a mais votada foi Sílvia Fontes (PDT), primeira-dama de Nossa Senhora do Socorro, com 42.613 votos.