Luciano Pimentel demite-se da Caixa

O administrador de empresas, bancário e deputado estadual Luciano Pimentel (PSB), 56 anos, depois de 35 anos de serviços prestados à Caixa Econômica Federal, na qual foi de escriturário a superintendente regional de Sergipe, pediu demissão ontem, como passo obrigatório para que solicite a aposentadoria que tem direito como servidor do banco.
Assim que homologou sua decisão no Sindicato dos Bancários do Estado de Sergipe, Luciano Pimentel expediu uma comunicação fraterna e de agradecimento a cada um dos funcionários da Caixa em Sergipe e fez um pronunciamento na tribuna da Alese.

O tom foi emocional e de profunda retribuição por tudo o que ele conseguiu fazer pela Caixa nos 35 anos e pelo apoio recebido dos colegas nessa tarefa. "Nunca neguei para ninguém que a Caixa foi e é uma extensão da minha vida. Da minha e da minha família. Nela, cheguei em outubro de 1986, devidamente concursado pelo antigo Banco Nacional de Habitação – BNH -, que fora incorporado por ela ali naquele começo da segunda metade da década de 80", disse Pimentel.
O deputado fez um gráfico de sua passagem pela instituição. "Na Caixa, graças a Deus, fui de um tudo: escriturário, chefe de setor, assistente operacional, gerente de núcleo, gerente de mercado, gerente regional e superintendente regional. Tudo por Sergipe e em Sergipe. Foi uma vida de dedicação plena, cheia, prazerosa, e de generosa reciprocidade: dei-me muito a ela e às suas causas, e dela recebi muito em volta", reforço.

Para Luciano, o bom desempenho só foi possível porque contou com o apoio de muita gente empenhada. "Em administração, há uma máxima segundo a qual sucede-se bem quem bem sabe escolher seus colaboradores. E eu, com a ajuda de Deus, admito: fui feliz nessas escolhas. E é a cada um de vocês por quem passei, ou que passaram por mim, que volto o foco desse agradecimento", disse.
"Sem falsa modéstia, talvez o meu talento pessoal nem tenha sido o principal ingrediente desses 35 anos de trabalho, dedicação, felicidade e de bem-aventurança. Para mim, o ponto mais alto foi a doação, o talento, o esforço, o cooperativismo e o companheirismo de quem comigo esteve ao longo deste tempo", disse.

"Neste período, colhi muitos gestos e atitudes de lealdade, transparência, honestidade, de doação e de competitividade saudável, de onde nasceram e vieram os inúmeros prêmios e recordes que batemos em nossas atividades, no cumprimento de metas e projetos", agradeceu.
O parlamentar e economiário deixou claro que sai da Caixa, mas a Caixa não sai da vida dele. "Deixo a Caixa apenas simbolicamente. Quero dizer que em minha nova vida, como parlamentar, os assuntos da Caixa e dos colegas economiários têm lugar cativo na agenda e na pauta do meu mandato. E desde já lhes afirmo: sou contra qualquer gesto do Governo Federal que acene para a privatização da Caixa, ou para a simples incorporação de capital privado", afirmou.