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A URNA ELETRÔNICA É CONFIÁVEL, O PERIGO VEM DO PARTIDO MILITAR


Publicado em 18 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Rômulo Rodrigues

Por causa das inúmeras fraudes no processo eleitoral como os votos de cabresto e bico de pena, aconteceram muitas escaramuças no Brasil, inclusive a chamada Revolução de 1930.
Naqueles tempos as eleições aconteciam sob a vigilância dos coronéis e, na maioria das vezes o eleitor nem sabia em quem votava, já recebia o voto pronto, num envelope com as chapas de todos os candidatos e só tinha o direito de colocar na urna.
São exatamente esses modelos de votação que Bolsonaro e seus generais e coronéis querem implantar, com o discurso de que querem fiscalizar, num disfarce do que querem; fraudar o resultado das urnas.
Lá pelos anos de 1950 e 1960, existiu um coronel famoso no Seridó potiguar que usava dois critérios muito eficientes a seu favor e dos seus para ganhar eleições; o chamado de brejeira, que consistia na troca da urna votada pelos eleitores, por outra votada por cabos eleitorais; e o chamado galega que consistia em botar mesários de confiança na apuração, para trocar os votos adversários pelos dos seus candidatos.
Por aqui, ainda prosperou o voto corrente ou formiguinha, na eleição de vereador de 1988, mas foi caso isolado.
A partir de 1996, com a urna eletrônica, não foi observado mais nenhum desses truques eleitorais, em todas as eleições seguintes, e o fuzuê atual, não passa de barulho de milicos e milicianos.
Em 2018, um violento sistema de fraudes foi desenvolvido e aplicado que devem ter deixado revirados nos túmulos, muitos esqueletos de antigos coronéis históricos dos tempos idos, que determinavam os resultados eleitorais com antecedência, em nome da democracia.
Por aqui, chegou um gringo chamado Steve Bannon, que já havia testado e aprovado o método na eleição de Donald Trump, e montou a fraude eletrônica que elegeu Jair Bolsonaro.
Juntou 162 grandes empresários que nutriam ódio do PT e cada um contribuiu com boa quantia de dinheiro, totalizando R$ 2 bilhões, que foram suficientes para contratar milhares de robôs para dispararem Fake News à vontade e dar a vitória ao estrupício, que tinha segundos de tempo de televisão e não participou de um debate sequer; não fez campanha tradicional e passou o último mês da campanha num leito hospitalar.
Antes de toda encenação, o judiciário, que vista grossa para a grande influência econômica que, sequer foi declarada em gastos de campanha, já tinha dado enorme contribuição na farsa da prisão do candidato favorito e aceitado que o mesmo juiz parcial e corrupto inundasse a bancada do Jornal Nacional com depoimentos forçados contra o Partido dos Trabalhadores, parando os avanços da campanha de Fernando Haddad no segundo turno, para favorecer a vitória de Jair Bolsonaro.
Os números Comprovaram a eficácia da fraude; no primeiro turno Jair Bolsonaro teve 49 milhões de votos e Haddad 31 milhões. No segundo turno, Jair Bolsonaro teve 57 milhões de votos, num crescimento de 8 milhões e Fernando Haddad teve 47 milhões, com crescimento de 16 milhões, o dobro do de Jair.
Hum detalhe é que houve uma queda de 3 milhões de votos do primeiro para o segundo turno. Explora-se muito a ida de Ciro Gomes para Paris, sem levar em conta que no crescimento de 16 milhões de Haddad, pode ter tido muito dos 13 milhões de Ciro.
Claro que o engajamento dele no segundo turno poderia ter revertido muitos votos e, até evitado a vitória do ódio, mas, não aconteceu.
O quadro era muito difícil de reversão, nas circunstâncias de ter uma operação lava jato preparada para quantos disparos de canhão fossem necessários, totalmente voltados para espalhar mentiras que seriam massificadas no JN e demais veículos da mídia patronal e assim evitar a quinta vitória seguida de uma candidatura do PT.
A vitória que trouxe ao centro da vida política o fascismo só foi possível pela ação do Partido Moderador dos procuradores federai, do Partido da Justiça comandado por Sergio Moro, do partido Militar comandado pelo general Villas Boas e pelo Partido Midiático comandado pela Rede Globo.
Se os números da última pesquisa do IPEC, apontando 44% de preferência para Lula e 41% para todos os demais candidatos forem se consolidando, temos que ter muita atenção com o perigo que ronda a lisura do pleito eleitoral; a denúncia de que 1,6 mil militares estão sangrando os cofres públicos em R$ 262,5 milhões mensais, já descontados o IR e a previdência e estão dispostos a atacar a democracia a qualquer custo.

Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político.

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