Apae não paga salários e poderá fechar
Publicado em 24 de setembro de 2013
Por Jornal Do Dia
Cândida Oliveira
candidaoliveira@jornaldodiase.com.br
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Aracaju (Apae) pode fechar suas portas. A informação foi passada pelo presidente da instituição, Max Santos Guimarães.
Ele relata que a situação da entidade não é das melhores, pois há dois meses – julho e agosto – não consegue pagar os salários de 41 funcionários e não há previsão de quando o pagamento irá acontecer. As duas folhas chegam a totalizar R$ 70 mil. Por conta da falta de pagamento, os trabalhadores devem parar as atividades hoje, terça-feira.
"Estamos buscando meios de conseguir pagar esses salários, mas a renda que temos vem de doações e as mesmas têm diminuído", informou Max. A Apae possui telemarketing, realiza campanhas-bingos e feijoadas, visita repartições, tudo a fim de conseguir mais sócios contribuintes. "Divulgamos nosso trabalho e tentamos conseguir novos sócios contribuintes", contou. Ele relatou ainda que o Ministério Público Estadual de Sergipe e o Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência já sabem da situação da Associação.
Sobre as denúncias do Sindicato dos Empregados de Entidades Culturais Recreativas e de Assistência Social de Orientação e Formação Profissional no Estado de Sergipe (Senalba), de que há servidores contratados na Apae que são parentes do presidente, Max Santos Guimarães afirma que é mentira. "Essa denúncia é inverídica e tenho como provar. Contratamos dois auxiliares de classe, um coordenador administrativo financeiro, um coordenador de telemarketing e um coordenador pedagógico e nenhum deles é meu parente.
Inclusive fomos convidados pela promotora Ana Paula Machado, para participar do projeto ONG Transparente, graças à transparência do nosso trabalho", citou.
Ele também reclamou que o Sindicato colocou de forma equivocada a informação de que quando ele assumiu não havia salários atrasados. "Assumi a direção da Apae no dia 3 de setembro de 2012 e na época existiam dois meses de salários atrasados", comunicou.
A Associação atende atualmente 200 pessoas com deficiência nos dois turnos de funcionamento. Aproximadamente 80% da ajuda que recebem são realizadas por pessoas físicas. "Recebemos todo tipo de doação, de dinheiro, a alimentação, material de limpeza e brinquedos", contou Max.
A Apae conta apenas com 1 fisioterapeuta, 2 psicólogos e 1 fonoaudiólogo e boa parte deles são voluntários. A instituição está aberta para receber doações, o telefone de contato é (79) 3205-4600.