Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde: dos 48 bairros, 25 foram classificados com baixo risco e 23 bairros com médio risco (alerta) (Sérgio Silva/PMA)
Aracaju não tem nenhum bairro com alta infestação do aedes aegypti
Publicado em 07 de fevereiro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Foi divulgado no início da manhã de ontem o primeiro levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), deste ano. Análises coordenadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), indicam que, ao atingir um índice de infestação geral de 1,0, a cidade de Aracaju enfrenta atualmente médio risco para surtos ou epidemias. A preocupação por parte da administração municipal envolve o representativo índice de evolução dos casos se comparado ao último LIRAa de 2023. A análise apresentada ontem representa um aumento de 25%; o último estudo realizado no ano passado apontou índice de 0,8, apurado como o menor dos últimos 20 anos. O levantamento de índice de infestação pode ser classificado em três níveis: baixo (de 0,0% a 0,9%), médio (de 1,0% a 3,9%) e alto (acima de 4,0%).
“Dos 48 bairros de Aracaju, 25 bairros foram classificados com baixo risco (satisfatório), 23 bairros com médio risco (alerta) e nenhum bairro classificado como alto risco. O LIRAa é realizado a cada dois meses e serve como uma ferramenta de monitoramento da presença da larva do aedes, transmissor das arboviroses dengue, zika, chikungunya. Com base nos dados coletados, a Secretaria estabelece um levantamento dos principais focos do mosquito, bairros com maiores índices, e, a partir disso, traça as estratégias de combate ao vetor como fumacê costal, mutirões de limpeza, eliminação de focos e conscientização da população”, informou a Prefeitura de Aracaju. Ações de combate ao mosquito serão intensificadas para minimizar o risco de epidemia.
Ainda segundo a administração da capital sergipana, este plano de intensificação de controle do Aedes Aegypti tem como objetivo prevenir e controlar processos epidêmicos e evitar a ocorrência de óbitos e complicações pelas doenças transmitidas pelo vetor. Desta forma, a meta é reduzir a menos de 1% a infestação predial nos bairros que apresentaram risco alto e muito alto no ano de 2023. Para combater a proliferação do mosquito, as orientações são as mesmas compartilhadas pela Saúde Pública ao longo das últimas duas décadas: não deixar água parada; revirar pneus, garrafas e vasilhas que contribuam para o acúmulo de água; botar areia nos arredores de potes de plantas; além de ser solícito aos agentes de combate a endemias.
Neste ano, em Aracaju, foram notificados, até o momento, 160 casos de dengue, 25 de chikungunya e 3 de zika; destes, foram confirmados, 7 casos de dengue, 5 de chikungunya e nenhum de zika. Se comparado ao mesmo período de 2023, que corresponde às primeiras cinco semanas do ano, houve uma queda de 50,7% dos casos de dengue, 88,3%, de chikungunya e 25%, de zika. No total, houve uma redução de 66% dos casos de arboviroses em Aracaju.