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Aracaju registra queda de casos da dengue


Publicado em 26 de outubro de 2014
Por Jornal Do Dia


Apesar da redução nos índices, o combate ao mosquito continua

Kátia Azevedo

O mês de outubro vem registrando uma queda de 73% dos casos de dengue em Aracaju. Em setembro, foram 122 notificações. Os dados informados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) revelam ainda que ao longo deste ano, a capital sergipana registrou 1.492 suspeitas e 747 confirmações da doença.

O levantamento realizado pela SMS corresponde até a data do dia 22 de outubro. A coordenadora do Programa Municipal do Controle da Dengue em Aracaju, Taise Cavalcante, destaca que houve uma mudança no sistema de diagnóstico adotado pelo Ministério da Saúde em relação ao conceito do que seria um caso suspeito de dengue e também na nomenclatura de classificação final do caso.

A nova norma segue a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela informa que desta forma não está sendo realizada uma avaliação comparativa com o ano anterior. "Estaríamos avaliando casos com sinais e sintomas diferentes, o que não daria para ter uma real avaliação comparativa do que aconteceu ano passado com os casos considerados em 2014", explica.

Pelo novo sistema era esperado que 2% da população de Aracaju desenvolvessem a doença neste ano. "A estimativa populacional para 2014 é de 614.577 habitantes, o que levaria a acontecer 12.292 casos. O que observamos até o momento é a confirmação de 747 casos, o que mostra que ocorreu apenas 6% dos casos esperados para o ano", destaca.

Em relação ao controle doméstico da doença, a secretaria vem reforçando as ações em razão de que no mês de setembro foi confirmada pelo Ministério da Saúde a introdução e circulação de uma nova doença no Brasil, o Chikungunya.

A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor em várias articulações, exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a OPAS, é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue.

Até o dia 11 de outubro o Ministério da Saúde informou que Amapá, Bahia e Minas Gerais eram estados que já estavam com a transmissão da doença. Na Bahia, o maior número de casos confirmados é em Feira de Santana, com 274, e Riachão do Jacuípe, com 7 casos, locais que têm proximidade com áreas de Sergipe.
"Pensando e trabalhando para que a presença do mosquito transmissor da dengue e agora que também transmite a febre Chikungunya diminua a uma condição de permitir o controle e evitar epidemias à população deve se intensificar todos os cuidados inerentes a não proliferação do mosquito, através da adoção e manutenção diariamente de ações que não permitam o acúmulo de água limpa e parada, local ideal para o desenvolvimento do mosquito", orienta Taise.

A coordenadora informa ainda que a SMS está realizando o sexto Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti ( LIRAa) para ter um diagnóstico neste momento dos bairros e áreas mais afetadas pela presença da larva do aedes e a partir daí desenvolver ações de intensificação nestes bairros e áreas onde mais encontramos o vetor. "O clima mais quente está chegando onde observamos também momentos de chuvas esparsas o que faz com que o desenvolvimento do mosquito seja mais rápido", chama a atenção.

Ações – Ela destacou ainda que a Prefeitura de Aracaju trabalha de forma integrada para enfrentar o problema da dengue através de ações das Secretarias Municipais que levam ao trabalho de manutenção de um ambiente favorável a não proliferação do mosquito, como a ação Cata Bagulho da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb); a coleta regular de lixo em todos os bairros; as ações da Secretaria de Meio Ambiente com orientação em manter um ambiente limpo e a Secretaria de Educação por meio de orientações aos alunos sobre o cuidado contra o desenvolvimento do mosquito.

"A Secretaria Municipal de Saúde desenvolve suas ações relacionadas ao controle do vetor através do Programa Municipal de Controle da Dengue com a coleta diária de pneus nos bairros de Aracaju; a visita domiciliar dos agentes de combates às endemias para a orientação das pessoas em relação aos cuidados inerentes a não proliferação dos mosquitos. Realizamos o bloqueio de focos através da eliminação de locais que possam ter as larvas do aedes através de casos notificados de dengue em um raio de ação de até 300 metros do local de moradia e provável local de contaminação, bem como a aplicação de fumacê costal como bloqueio de transmissão também em um raio de ação de até 300 metros", cita.

Taise também destaca que o órgão realiza ações de mutirão aos sábados em bairros de maior infestação do vetor, monitoramento de áreas de maior infestação nos bairros, controle quinzenal dos pontos estratégicos, que são locais onde existe a maior probabilidade de encontrar focos, como ferro-velho, cemitérios, rodoviárias e borracharias. "Também ampliamos a ação para aqueles locais onde encontramos um número maior de pessoas que possam estar doentes e servirem de locais de manutenção da doença, como hospitais, postos de saúde, escolas", acrescenta.

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