Bancários do BNB encerram greve

Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br

Os bancários do Banco do Nordeste (BNB) retomaram as atividades ontem após decisão tomada em assembleia geral realizada pela manhã na sede do sindicato da categoria. Eles voltam ao trabalho sem o reajuste do plano de saúde e do Plano de Cargos e Remuneração (PCR), algumas das principais reivindicações específicas dos trabalhadores, mas com a conquista de aumento salarial de 8,5%, além de correção de 9% no piso.
"Mesmo sem uma nova proposta por parte do BNB, na maioria dos estados a nossa categoria decidiu encerrar a greve. Aqui em Sergipe não podíamos ficar sozinhos", justifica a diretora da Federação dos Bancários de Bahia e Sergipe (FEEB), Verizângela Colares.

Em Sergipe, a greve do BNB foi iniciada juntamente com outros estados no dia 30 de setembro. No dia 06 de outubro, porém, o movimento grevista foi encerrado em alguns locais do país. No caso de Sergipe, a greve continuou devido ao tímido avanço das negociações sobre pautas especificas.

As principais reivindicações da categoria são reajustes de pisos, correção de distorções no PCR e a garantia do adiantamento da Participação de Lucros e Rendimentos, seguindo os mesmos prazos acordados entre o Comando dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Em Sergipe, o BNB conta com 18 agências, três estão na capital (Centro, Jardim, Siqueira Campos). No interior estão instaladas 15 unidades: Boquim, Carira, Estância, Gararu, Itabaiana, Itabaianinha, Lagarto, Laranjeiras, Neópolis, Nossa Senhora da Gloria, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Socorro, Propriá, Simão Dias e Tobias Barreto.

A sede do BNB é em Fortaleza/CE. O banco está instalado em aproximadamente 2.000 municípios, abrangendo os nove estados do Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia). O banco também atua no Norte de Minas Gerais (incluindo os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha) e no Norte do Espírito Santo.
Durante a greve, a categoria realizou três assembleias. Desta vez, a categoria informou que houve um aviso do BNB de que cortaria o ponto dos funcionários caso não retomassem as atividades.  Durante a greve nacional, as 10.355 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal paralisaram os serviços. Em Sergipe, foram fechadas 135 das 146 unidades bancárias existentes no estado.

Nos outros bancos que encerraram a greve no dia 30, além das questões salariais, os bancários tiveram outras conquistas como o combate às metas abusivas e a inclusão na Convenção Coletiva de que haverá o monitoramento de resultados como uma forma de evitar o adoecimento e afastamento de bancários. A cobrança de metas passará a ser proibida não somente por Secretaria Municipal de Saúde, mas também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.
A proposta inclui ainda os avanços apresentados pelos bancos ao longo das negociações sobre saúde e condições de trabalho, tais como: os trabalhadores terão reembolso do custo da prova em caso de aprovação. Quando o bancário estiver recebendo complementação salarial, terá também direito ao adiantamento do 13º salário, a exemplo dos demais empregados.