Comerciários começam a negociar com patrões
Publicado em 07 de maio de 2013
Por Jornal Do Dia
A primeira rodada de negociação entre os trabalhadores do comércio e os empresários do setor ocorreu na manhã de ontem na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, com a participação do mediador da SRTE, Nilson Barreto Socorro. A reunião foi solicitada pela Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomse), visto que a data-base dos comerciários é maio, período destinado a correção salarial e a discussão e revisão das condições de trabalho. A pauta de reivindicações dos trabalhadores foi entregue à Federação do Comércio de Sergipe (Fecomércio) em 27 de março, mas o setor patronal não havia dado resposta.
Nessa primeira rodada, os representantes patronais também não apresentaram contraproposta. O presidente da Federação do Comércio de Sergipe, Abel Gomes, alegou que nem todos sindicatos patronais realizaram suas assembleias , por isso, nessa rodada não tinha ainda como apresentar contraproposta, mas garantiu que os empresários estavam abertos a ouvir e negociar.
Durante a rodada, o presidente da Federação dos Comerciários, Ronildo Almeida, questionou os representantes patronais sobre a manutenção da data-base durante o processo de negociação, o que foi assegurado pela classe patronal. Ronildo também defendeu a necessidade de ampliação das conquistas dos trabalhadores inclusive com a ampliação de conquistas não só econômicas como sociais.
As principais reivindicações dos trabalhadores são aumento salarial de 15%; reposição salarial do INPC referente ao período de 1º de maio de 2012 a 30 de abril de 2013, e manutenção da Convenção Coletiva em vigor. A rodada de negociação contou com a participação do representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos- Dieese em Sergipe, economista Luiz Moura.
Nova negociação – As partes acordaram a realização de uma nova rodada para às 15 horas da próxima segunda-feira (13) na sala de reuniões da Superintendência Regional do Trabalho. "Esperamos que na próxima reunião os patrões apresentem uma contraproposta que satisfaça as necessidades e anseios da categoria. Em um processo de negociação o patrão tem que ceder oferecendo um salário digno e melhores condições de trabalho, enquanto que o sindicato procura resgatar a empregabilidade do trabalhador".