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Comunidade volta a protestar por asfalto


Publicado em 19 de novembro de 2014
Por Jornal Do Dia


MANIFESTAÇÃO DOS MORADORES DO POVOADO PEDRINHAS

Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br

Moradores do povoado Pedreiras, na cidade de São Cristóvão, bloquearam a principal via de acesso à unidade de produção da Petrobras, Campo de Ilha Pequena, situada no município. O protesto tem como objetivo cobrar da companhia o início imediato do processo de construção da Estrada dos Manguezais, principal reivindicação da comunidade.
Os moradores acamparam no local impedindo a passagem dos carros. De acordo com lideranças do Movimento Sem Asfalto, Sem Petróleo, a estrada está fechada há 15 dias e só será reaberta após a Petrobras apresentar uma definição para a pavimentação da via.

"Só sairemos daqui com uma alternativa concreta da Petrobras. O projeto para a construção da estrada já existe e até agora a empresa não enviou a documentação para sua sede no Rio de Janeiro para a liberação dos recursos no valor de R$ 4 milhões e 700 mil. Enquanto esta situação não for resolvida apenas os moradores têm acesso à via e o transporte de petróleo não será realizado", informou Wilton Ramos, integrante do Movimento Sem Asfalto e Sem Petróleo.

Segundo Wilton, a Petrobras tinha solicitado anteriormente prazos para resolver o problema, mas não cumpriu nenhum. "Na última segunda-feira a Petrobras nos enviou um e-mail informando que vai encaminhar o convênio para a diretoria da empresa até o dia 28 deste mês e dar andamento do processo na sede da companhia no Rio de Janeiro desde que a comunidade libere a estrada e que se o bloqueio continuar pode até prejudicar o envio do pleito de aprovação, impossibilitando a pavimentação da estrada. Entendemos este comunicado como intimidador, o que não aceitamos", observa.

Ainda de acordo com a liderança comunitária, a Petrobras alega que o fechamento da unidade de produção está provocando sérios prejuízos a São Cristóvão quanto ao recebimento de royalties concedidos em contrapartida ao município como retorno pela extração mineral no local. "Entretanto vale salientar que o fechamento da estrada foi gerado porque estamos cansados de esperar uma solução", contesta.

Wilton ressalta que a construção da estrada vai beneficiar diretamente cerca de 10 mil famílias que moram ao longo de uma extensão de 5.8 km onde a Petrobras realiza o tráfego do transporte pesado gerado na unidade de produção. "O que queremos é a garantia de que haja segurança durante o escoamento de produção de petróleo na área onde há muitas casas", destaca.
Segundo Wilton, além dos moradores do povoado Pedreiras, as comunidades de locais como Chica, Tinharé, loteamento Lauro Rocha e o bairro Colina, todos localizados na cidade de São Cristóvão, serão contemplados com a mudança estrutural da via, que passará a ser asfaltada garantindo a segurança no transporte de petróleo por carretas.

Ele lembrou que um compromisso para pavimentação asfáltica foi acordado no Ministério Público Estadual no mês de abril deste ano entre a Petrobras, o governo do estado e a prefeitura de São Cristóvão, mas sem avanço.
Compromisso – O fechamento da estrada foi tema de reunião na tarde do dia 14, na sede da Petrobras, entre a prefeita de São Cristóvão, Rivanda Batalha, e o gerente-geral da Petrobras em Sergipe, Luís Robério Silva Ramos. O objetivo foi ratificar o compromisso de cumprir o acordo assumido no mês de abril para tentar viabilizar a pavimentação da estrada que interliga a sede do Município ao povoado de Pedreiras.

Em nota enviada ontem ao Jornal do Dia, a Petrobras informou que ratifica o compromisso firmado de tentar aprovar a participação na pavimentação da estrada. "O processo será enviado até o final do mês para aprovação na diretoria conforme diretriz interna da companhia. O Campo de Ilha Pequena, localizado na região do bloqueio,  prossegue fechado, com carreta carregada de óleo retida, causando prejuízos à empresa e ao município de São Cristóvão. O bloqueio não tem justificativa e prejudica a negociação, podendo inviabilizar a elaboração do convênio de pavimentação", declara a Petrobras.

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