Quinta, 23 De Janeiro De 2025
       
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Defensoria entra na justiça para que Estado pague até 5º dia útil


Publicado em 01 de novembro de 2014
Por Jornal Do Dia


Kátia Azevedo

Em resposta ao atraso salarial dos servidores estaduais, a Defensoria Pública de Sergipe entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) na 12ª Vara Cível na quinta-feira, 30 de outubro, contra o Governo solicitando ao poder judiciário uma providência para regularização do pagamento. Ontem, o Sindicato dos Médicos impetrou um Mandado de Segurança Preventivo para pedir o bloqueio de todas as verbas destinadas às ações de divulgação e a empresas terceirizadas contratadas pelo estado.

Na ação, o defensor público Alfredo Nikolaus solicita o cumprimento do cronograma de pagamento dos salários dos servidores estaduais até o 5º dia útil de cada mês. A ação solicita o pagamento até o dia 7 de novembro e se após este prazo o governador Jackson Figueiredo não regularizar os salários, poderá pagar uma multa diária de R$ 10 mil.

A ACP está sendo analisada pelo judiciário. Além da Defensoria Pública, a medida envolvendo o atraso e pagamento fracionado do salário também repercutiu junto a outros sindicatos de categorias diferentes.
Ação do sindicato dos médicos, por exemplo, objetiva que sejam bloqueadas todas as verbas para realização de propagandas, eventos, festas e shows ou mesmo pagamento de empresas terceirizadas, como forma de assegurar o pagamento regular dos médicos.
"O nosso entendimento é o de que o pagamento do salário enquanto garantidor do acesso ao alimento não seja colocado pelo governo de forma secundária para atender a outras despesas menos importantes. Não pode ser aberta uma brecha que o estado atrase os salários sem uma resposta dos servidores. Por esta razão decidimos entrar na justiça e esperamos que o poder judiciário seja a favor dos trabalhadores", disse o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe, João Augusto Alves de Oliveira.      

Ele ressaltou que a ação da Defensoria fortalece a mobilização que vem sendo realizada contra a medida adotada pelo governo. João Augusto lembrou também que a decisão em atrasar e fracionar o salário é inconstitucional. "Não tem justificativa legal para esta medida. Outra questão é em nenhum momento o governo dialogou com os servidores", criticou.

Servidores representados por oito sindicatos da Saúde farão uma paralisação de 24 horas na próxima terça-feira, 4, por conta do anúncio do governo do Estado de que irá fazer o pagamento atrasado e fracionado aos servidores estaduais. A decisão dos trabalhadores foi tomada na manhã de quinta-feira durante a reunião de uma comissão de sindicatos, realizada na sede do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese).

No dia da paralisação, haverá uma assembleia com a comissão dos sindicatos da Saúde, às 7 horas, na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), para definir se a paralisação será ou não estendida até o dia do pagamento final de todos os servidores do Estado, que segundo a nota emitida pelo governo, seria até o dia 11 de novembro.

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