Considerado um dos pontos mais vulneráveis para inundação, a região do bairro Jabotiana. Foto: Marcelle Cristinne
Dragagem do rio Poxim tenta evitar inundações na Jabotiana
Publicado em 13 de setembro de 2023
Por Jornal Do Dia Se
Com a recente aprovação do Senado Federal para contratação de um empréstimo de R$ 500 milhões junto ao Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), a Prefeitura de Aracaju deu início a uma série de projetos de infraestrutura, a exemplo da dragagem do rio Poxim.
De acordo com o secretário municipal de Defesa Social e da Cidadania (Semdec), tenente-coronel Silvio Prado, a necessidade de dragar o Rio Poxim surgiu após inundações que afetaram o bairro Jabotiana em 2017. Um estudo técnico revelou que o fundo do rio havia sido elevado em cerca de um metro devido ao acúmulo de sedimentos, diminuindo a capacidade de absorção das águas das chuvas. Isso se tornou um problema crônico, resultando em inundações recorrentes, como a que ocorreu em 2019, quando 350 mm de chuva caíram em 72 horas, afetando toda a região.
A dragagem do Rio Poxim, que consiste na remoção desses sedimentos, devolverá ao rio sua capacidade de absorção, tornando a área do bairro Jabotiana mais resiliente a eventos climáticos extremos. Isso, salienta o gestor, é especialmente crucial no momento em que as mudanças climáticas estão aumentando a frequência e a intensidade de chuvas. Com este projeto, as dificuldades enfrentadas até o momento poderão ser superadas, ou seja, mesmo com intensidade semelhante das chuvas, as inundações e alagamentos não mais acontecerão.
Considerado um dos pontos mais vulneráveis para inundação, a região do bairro Jabotiana, atravessada pelo rio Poxim, se tornará mais resiliente a partir desta obra. Segundo o secretário, trata-se de uma iniciativa de ampla dimensão, visto que impactará de maneira positiva e permanente toda a comunidade.
Conforme Silvio Prado, como resultado desse trabalho, Aracaju tem aumentado a sua capacidade de eliminar áreas de risco e construir de forma mais resiliente. Ele destaca que, atualmente, como resultado de todo esse trabalho, “Aracaju está no nível mais alto de resiliência, constatado e homologado pela ONU, e essa mensuração é feita anualmente, ou seja, cotidianamente precisamos abastecer o sistema com informações para comprovar e manter Aracaju no nível C”.
“Obviamente, estamos passando por um processo de mudanças climáticas, tudo isso que vem acontecendo nos últimos anos com chuvas significativas em intervalos menores de tempo trazem ainda mais relevância para este investimento. Estamos planejando para o futuro, pois o que tem acontecido pode voltar a ocorrer de maneira ainda mais intensa, adversa, então, precisamos estar preparados, seja na Zona de Expansão ou nos bairros já populosos que têm sofrido com as chuvas. Tudo isso é fruto de um estudo técnico que vem sendo feito há anos”, reitera o secretário.