Drogado tenta incendiar casas e carros em Lagarto

Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

A polícia de Lagarto (região Centro-Sul) prendeu nesta sexta-feira um acusado de tentar incendiar casas e carros na Rua Libério Monteiro, centro da cidade. O rapaz foi denunciado por moradores da rua que o viram derramar uma garrafa de gasolina nas portas das casas e nos carros que estavam estacionados à frente delas. A identificação do acusado não foi oficialmente confirmada pela polícia, pois ele estava sob forte efeito de drogas e, por conta disso, deu versões diferentes sobre sua identidade e sua origem. Inicialmente, ele disse se chamar Denis Silva Conceição, 19 anos e alegou ser de Alagoinhas (BA).

Segundo policiais da Delegacia Regional de Lagarto, o acusado disse também ser ex-presidiário e que cumpriu pena por latrocínio no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão (Grande Aracaju). "Primeiro ele disse que saiu por alvará de soltura, depois ele disse que saiu por indulto. Ele também deu outros nomes e disse que a mãe dele mora aqui em Lagarto. Como ele ainda está sob efeito de drogas, decidimos esperar que ele se recupere para aí sim fazer o interrogatório, verificar a identidade dele e conseguir uma informação mais precisa", disse um agente da delegacia. O suspeito permaneceu detido na carceragem da delegacia e teve uma melhora no final da manhã de ontem, quando saiu para o banho de sol.

Denis foi capturado por soldados do 7º Batalhão de Polícia Militar (7º BPM), que encontraram com o mesmo uma garrafa pet de dois litros com 1/4 de gasolina, equivalente a cerca de 500 mililitros. Nenhum fósforo ou isqueiro foi encontrado com ele, mas testemunhas que chamaram a polícia afirmam que o ex-detento tinha mesmo a intenção de incendiar os carros e as residências. "Os moradores já estavam desesperados, mas chegamos rapidamente e impedimos o elemento de tocar fogo nas casas", disse o sargento Jorge Tiode, do 7º BPM, ao "Portal Lagartense".

Caso a versão seja confirmada, o acusado pode ser processado por crime de incêndio majorado, previsto no Código Penal com pena prevista entre dois e seis anos de prisão. Um caso semelhante foi registrado em junho de 2010 na cidade de Estância (região Sul), onde oito incêndios criminosos aconteceram na cidade, destruindo carros estacionados nas ruas durante a madrugada. Na ocasião, o desempregado Klintes Kley de Oliveira Santos foi preso por policiais civis e militares da cidade e confessou a autoria de dois dos incêndios.