É PRECISO SE PRECAVER CONTRAS AS AMEAÇAS EM 7 DE SETEMBO

Rômulo Rodrigues

Os integrantes do governo militar e militarista, apegados aos 8 mil cargos em comissão que elevam seus salários até mais de R$ 100 mil por mês, planejam no dia 7 de setembro realizar atos terroristas por todo Brasil, especificamente em Brasília e na cidade do Rio de Janeiro.
Caso aconteçam, ficará cada vez mais evidente das forças armadas em desestabilizar o regime democrático e instalar o caos no País, para justificar uma intervenção e tomar de assalto o poder, que é da sociedade civil, como fizeram no passado.
Os principais artífices da propalada desordem são; o presidente da República, o ministro da defesa, o candidato a vice-presidente, o ministro chefe do gabinete de segurança institucional, um tal de general Ramos; todos generais da reserva do exército.
A violência insuflada por esse time já foi testada em alguns crimes premeditados por agentes dos aparatos coercitivos.
Dois exemplos de crimes hediondos foram os praticados há dois meses, sendo um em Nova Iguaçu, PR, e o mais recente o de um tenente da polícia militar de São Paulo, que matou a sangue frio um cara de paz, oito vezes campeão mundial de Jiu-jitsu, com característica de crime premeditado.
Tanto o que matou o sindicalista e dirigente municipal do PT de Nova Iguaçu, um carcereiro de presídio federal, como o oficial da polícia militar se declaram em seus perfis, como bolsonarista.
No intervalo, um PM de Toledo no Paraná, sacou sua pistola e executou 8 pessoas, sendo 6 da família e 2 desconhecidos, e depois cometeu suicídio. No seu perfil, contava ser bolsonarista.
E assim caminha a parte podre da sociedade brasileira que, ainda contaminada pelo ódio inoculado desde 2013, mata por matar, apenas porque cultua um mito desprovido de caráter e dos valores humanísticos, bradando ao vento; Deus, Pátria, Família!
Esse bando, que pretende fazer das comemorações da independência no dia 7 de setembro no Rio de Janeiro e em Brasília, é para ser classificado como terrorista; sejam eles, capitão expulso do exército e levado pelo fascismo ao mais alto posto da nação,; general aposentado que está sendo denunciado por corrupção envolvido com empresa que está sendo acusada no complô que matou o presidente da República do Haiti; general que não enxergou o embarque de 39 Kg de cocaína num avião da comitiva presidencial, sob sua responsabilidade, e o que é o principal responsável pela bagaceira de compras superfaturadas de leite condensado, viagra, próteses penianas e outra variedades de quinquilharias que não servem para o bom adestramento de uma tropa que tem um orçamento anual de mais de R$ 100 bilhões e não defende a soberania nacional e nem mesmo a floresta amazônica e a imensa natureza brasileira.
Enquanto eles brincam de fazer política ameaçando a estabilidade democrática, aparece o preço das desastradas aventuras na pesquisa IPSOS que apurou que, para os brasileiros e as brasileiras, acabou a confiança nas forças armadas, com um índice de apenas 30% dizendo que ainda confia. O Índice tão baixo de aprovação é o resultado das inúmeras confusões em que se metem e das permanentes ameaças de golpe.
É bom lembrar que em 27 de fevereiro de 1933, um incêndio provocado, que queimou o Reichstag, o parlamento alemão, na capital Berlim, foi o sinal para que os nazistas aproveitassem para ampliar seu poder.
Por isso, se faz necessário todo um movimento organizado para impedir ocupação do congresso nacional e do edifício sede do STF. Diante da iminente derrota, eles serão capazes de atos de irracionalidades.
No momento, o povo brasileiro sofre com a maior crise econômica das últimas décadas.
O plano imposto por Bolsonaro e Paulo Guedes é criminoso e sacrifica as camadas mais pobres da população.
O IBGE constatou queda de 0,68% na inflação, ao mesmo tempo em que mediu que aumentou o preço da comida.
Caem os preços para os ricos e sobem os preços para os pobres. O nome disso é, transferência de renda de quem ganha menos, para quem ganha muito mais.

Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político.