Quarta, 11 De Dezembro De 2024
       
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Editorial: Tarde demais


Publicado em 23 de novembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


 

Para Genivaldo e tantos outros, qualquer que seja a pena imposta aos acusados, a Justiça chegará tarde demais

 

Há cerca de dois anos, um caso de violência policial flagrado no interior de Sergipe ganhou repercussão nacional, em função dos requintes de crueldade.

A tortura e o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos foram documentados pela população, por meio das câmeras de aparelho celular. Tudo se deu em via pública, em plena luz do dia. Entretanto, embora não pesasse sombra de dúvida sobre a autoria do crime, a Polícia Rodoviária Federal teimou em postergar a conclusão do inquérito aberto para elucidar o episódio. Somente agora, no dia 26 de novembro, os policiais acusados estarão perante um júri popular, a fim de responder por seus feitos, no rigor da Lei.

O corporativismo da PRF, capaz de macular a reputação de toda a corporação, a fim de resguardar os criminosos infiltrados em seus quadros, chegou a ponto de ignorar um dos flagrantes mais escandalosos já registrados no Brasil. Ainda reverbera na memória coletiva a declaração mentirosa de sua assessoria de imprensa, que atribuiu a causa mortis de um cidadão sob a custódia de seus policiais a um “mal súbito”.

Para Genivaldo e tantos outros, qualquer que seja a pena imposta aos acusados, a Justiça chegará tarde demais. Espera-se, no entanto, que uma punição rigorosa provoque uma mudança de postura dos policiais na linha de frente do combate ao crime, em contato direto com a população. Se não por força do compromisso ético indispensável ao uso da farda, como seria o ideal, que seja por receio da vigilância das autoridades competentes, consoante com o anseio de toda a sociedade.

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