Quinta, 30 De Novembro De 2023
       
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Empresário diz que sistema de transporte pode sofrer colapso


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Publicado em 18 de outubro de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Adierson Monteiro argumentou também que o sistema de transporte público está falido, não apenas em Aracaju, mas em todo território nacional. Foto: Lizia Martins

Milton Alves Júnior
 
O serviço de transporte público ofertado na região metropolitana de Aracaju, que engloba os municípios de Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros, pode diminuir sua operação caso impasses administrativos envolvendo o não repasse de subsídio permaneça impactando o setor. Esta foi a declaração apresentada pelo empresário do ramo do transporte público, Adierson Monteiro, presidente da Viação Progresso, empresa que presta serviços de transporte de passageiros à população aracajuana. Alegando dificuldades financeiras para manter a frota em operação, a expectativa do setor empresarial é que a partir deste mês de outubro os problemas comecem a ser solucionados. Caso contrário, o primeiro impacto pode ser a aquisição de diesel, e quitação de folha salarial.
Ainda conforme destacado pelo empresário, desde o início deste ano as empresas têm buscado a prefeitura de Aracaju para discutir o cenário e buscar medidas as quais permitam garantir a continuidade integral do transporte público, responsável por conduzir cerca de 120 mil passageiros todos os dias. Adierson Monteiro argumentou também que o sistema de transporte público está falido, não apenas em Aracaju, mas em todo território nacional e que, assim como Saúde, Segurança e Educação, o transporte público carece de incentivo por parte do poder público para que se possa manter o mínimo de qualidade no serviço. No último mês de setembro o setor empresarial foi informado que o prefeito Edvaldo Nogueira pretende convidar as empresas para reunião geral.
 
Explosão do sistema – “Não é de hoje que estamos alertando para uma possível explosão do sistema; estamos no limite e não adianta os vereadores e alguns prefeitos tentarem transferir para as empresas a responsabilidade sobre a qualidade do sistema. Estatizem as empresas, se vocês têm competência. Provem à sociedade que vocês são bons gestores também no transporte. Não transfiram esse problema e essa responsabilidade para os empresários. No mês passado fomos informados que agora em outubro Edvaldo Nogueira iria nos convidar para uma reunião. Estamos aguardando; já estamos na segunda metade do mês”, criticou.
Dados apresentados pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), indicam que atualmente a região conta com uma frota composta por 527 ônibus, responsáveis por operar 97 linhas, além de 12 corujões que cobrem toda a região. Esta não é a primeira vezes que representantes das empresas apresentam impaciência com a estrutura administrativa enfrentada na região metropolitana. Em agosto deste ano, a direção do Setransp encaminhou para a prefeitura de Aracaju uma planilha contendo todos os insumos que incidem no custo da passagem de ônibus como combustível, salários, peças, manutenção, impostos, gratuidades entre outros. O documento consta ainda o cálculo final para a tarifa de transporte ideal para operação do serviço, conforme prevê a Lei Municipal n° 1775/91.
 
Gratuidade – Em resposta ao JORNAL DO DIA sobre as queixas apresentadas, sobretudo por Adierson Monteiro, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) encaminhou uma nota pública informando que: “entende que o setor de transporte público passa por uma crise em todo o país, agravada pela pandemia e o aumento dos insumos especialmente do Diesel, e a Prefeitura de Aracaju reitera o seu compromisso com a população, logo, a gestão municipal segue atuando em busca de soluções duradouras para o serviço, a exemplo de repasse anual de recurso do Governo Federal para subsidiar o setor. 
Além disso, a Prefeitura de Aracaju, desde 2022, custeia as gratuidades nos ônibus da capital às pessoas com deficiência e seus acompanhantes, e através da lei 176/2022, zerou o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), para as empresas de transporte coletivo, e também revogou o percentual de 2% da Taxa de Gerenciamento Operacional (TGO), embutido na tarifa do transporte coletivo da capital. A SMTT reforça que a Prefeitura tem atuado para garantir a manutenção do serviço para a população e buscado, junto ao Governo Federal, um recurso que é de extrema importância para a sobrevivência do sistema em todo país.”
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