O Encontro atraiu produtores de todo o Nordeste
Enel atrai grande público no Centro de Convenções
Publicado em 07 de novembro de 2014
Por Jornal Do Dia
A abertura do XII Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (Enel) na noite de quarta-feira, 5, atraiu centenas de pesquisadores, produtores rurais, estudantes e empresários ao Centro de Convenções de Sergipe para acompanhar a palestra do consultor de Segurança Alimentar do Governo do Canadá, Michel Lamontagne.
Na oportunidade, ele apresentou ao público o modelo de organização da cadeia leiteira do Distrito de Quebéc, destacando os aspectos que contribuíram para tornar a região em uma referência no que diz respeito à produtividade do rebanho e à qualidade do leite.
O Distrito responde por 49% da produção leiteira do Canadá, respondendo por um volume de 28 milhões de litros por ano. A região possui um rebanho de pouco mais de 370 mil bovinos, com o predomínio de médias propriedades. A atividade contribui com cerca de R$ 5,1 bilhões de dólares para o Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito.
Segundo Lamontagne, um dos principais fatores que contribuem para os bons resultados obtidos pelo setor é a preocupação constante com a qualidade do leite que será comercializada. De acordo com o pesquisador, há um monitoramento constante dos produtores, laticínios e órgãos fiscalizadores em relação ao material coletado junto ao rebanho.
"Temos um controle rigoroso sobre o leite que será industrializado. Tanto o Ministério da Agricultura quanto os institutos de tecnologia fazem avaliações bastante criteriosas para garantir que o consumidor sempre receberá um produto de qualidade. Essa preocupação é o que nos leva a ser destaque na área".
Integração – Um outro ponto destacado pelo canadense é a maneira como os integrantes da cadeia produtiva encaram a atividade. Para Lamontagne, os produtores rurais enxergam as indústrias como parceiras no processo e não mais como exploradoras.
"Todos os envolvidos trabalham em conjunto, trocando informações e discutindo sempre como melhorar os processos. Isso ajuda a melhorar a qualidade do produto e consequentemente os seus preços", explica Lamontagne.
Para o superintendente do Sebrae em Sergipe, Lauro Vasconcelos, apesar das diferenças entre os sistemas produtivos, os nordestinos podem aprender bastante com o modelo canadense. "Ficou explícito que o segredo para os bons resultados é o trabalho conjunto entre produtores, governo e indústria. Esse é o caminho que devemos buscar para tornar a atividade ainda mais lucrativa. Como instituição de apoio ao setor produtivo, não mediremos esforços para conseguir viabilizar ações que nos permitam alcançar esse objetivo".