Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

Sindijus cobra diálogo com presidência do TJ


Publicado em 07 de novembro de 2014
Por Jornal Do Dia


A manifestação denuncia supostos excessos com gastos com servidores comissionaods

Foi realizada na tarde de ontem a quarta edição do ‘Mamatômetro do Tribunal de Justiça’, um programa de declaração salarial divulgada sempre no Centro de Aracaju por servidores filiados ao Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Sergipe (Sindijus). O objetivo da mobilização é pressionar o presidente do TJ a dialogar com a categoria quanto ao reajuste salarial dos servidores, melhores condições de trabalho e manutenção de privilégios que, segundo os trabalhadores, são para poucos. Entre esses beneficiados estão os cargos em comissão que chegam a receber salários 1.000% a mais se comparado com os concursados. Durante o ato os manifestantes dialogaram com a população e distribuíram panfletos detalhando outras irregularidades identificadas ao longo deste ano.

Entre as denúncias, foi apresentada publicamente a folha de pagamento do TJSE referente ao último mês de outubro que apontou 146 salários com valores acima do teto constitucional estabelecido para o serviço público do Brasil, que atualmente é de R$ 29,4 mil. O mais alto salário efetuado na Corte Judiciária chega a alcançar a casa dos 59 mil reais mensais. A lista destes profissionais beneficiados com salários exorbitantes não foi apresentada. Insatisfeito com a atual conjuntura administrativa adotada pelo TJ, Gilvan Santos, membro da diretoria do Sindijus, garante que existe uma falta de interesse por parte dos gestores judiciários quanto a pauta de reivindicações apresentada em setembro pelos servidores.

"Nós debatemos internamente o que seria melhor para os servidores de forma geral e apresentamos para o tribunal, mas infelizmente já se passaram mais de 30 dias e ninguém se prontifica a nos atender e debater o que foi pedido. Eles apenas ignoram nosso pleito e incham cada vez mais o órgão de cargos de comissão", declarou. A mobilização que foi realizada no Calçadão da João Pessoa, poucos metros de distância da sede do TJ, também teve como meta encurtar o conhecimento dos sergipanos e da imprensa quanto aos números salariais e do funcionamento do Poder Judiciário, tendo em vista que é um dos poderes que menos sofre a exposição de suas incoerências na mídia.

Ainda de acordo com Gilvan Santos, existem cargos de comissão que atualmente chegam a receber 16 mil reais mensais. Esse repasse salarial, para a categoria, é considerado como um desrespeito com aqueles que lutaram e estudaram para passar em um concurso público. "É inadmissível e chega ser um desrespeito muito grande com aqueles que tanto se dedicaram aos estudos para conquistar uma vaga. Nós não somos respeitados e ouvidos, já os CC’s, a cada dia recebem salários maiores e que chegam a alcançar 1000% a mais que muitos de nós concursados. É preciso que vocês da imprensa e a população esteja atento a essas situações que tanto nos entristece", afirmou.
 
Diálogo – Está marcada para a próxima segunda-feira, 10, mais uma assembleia geral a ser realizada em Aracaju com o propósito de debater a possibilidade de deflagração de greve por tempo indeterminado. Se porventura em até 72 horas não for apresentada uma contraproposta que satisfaça a categoria, a perspectiva é que a paralisação seja aprovada pelos servidores.

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade