Sexta, 14 De Fevereiro De 2025
       
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Falta de segurança assusta frequentadores do Mercado


Publicado em 14 de julho de 2013
Por Jornal Do Dia


Setor de pescados do Mercado Albano Franco: até os consumidores reclamam de assaltos

Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br

Consumidores que frequentam os mercados centrais de Aracaju estão reclamando de uma possível falta de segurança nos departamentos públicos. Além dos registros de furtos e ameaças por parte de flanelinhas e carregadores de feira, os visitantes alegam que o tráfico de drogas continua sendo realizado livremente nos corredores do espaço e nenhuma ação de combate é realizada por parte da administração. Apesar da constante presença de funcionários da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), os aracajuanos acreditam que os servidores municipais têm conhecimento da irregularidade, conhecem os ‘líderes’, mas não possuem autonomia e suporte técnico suficiente para coibir essa prática inconstitucional.
Preocupado com a situação, o economista Aloísio Carvalho Reis disse que após ser roubado em duas ocasiões, deixou de frequentar o mercado Albano Franco nas primeiras horas do sábado e não transita mais com a carteira no bolso traseiro. Segundo o consumidor, essa foi uma das mudanças que teve que adotar a fim de não se tornar vítima de meliantes. "Na realidade nem venho mais cedo, nem chego aqui depois das 10h30. A cada dia que passa está se tornando em um ponto perigoso. Quem disser que essa denúncia é caluniosa, ou quer defender algum gestor público, ou nunca faz compras semanais aqui", afirmou.
Além da falta de segurança, alguns consumidores passaram a se queixar da higienização e do valor cobrado pelos produtos no mercado. Moradora do bairro Santo Antônio há mais de 30 anos, a funcionária pública aposentada Maria do Amparo disse que passou a comprar alimentos em redes de supermercados. "Eu antes só comprava meus alimentos aqui, como venho percebendo certo abandono, deixei de dar prioridade a esses mercados. Os preços não estão tão diferentes que os supermercados e lá ainda aceitam cartões de crédito".
No setor de pescados, o quilo do camarão varia entre R$ 16 e R$ 35, a depender do tamanho. Já o quilo do atum não é encontrado por menos de R$ 12. Já no departamento de carne, o quilo da picanha está sendo comercializado por R$ 26 e o da alcatra por R$ 18. Diante da vasta quantidade de bancas, os valores do mesmo produto podem variar em até R$ 6. Esse é o caso da maminha, que em um raio de dez metros o JORNAL DO DIA encontrou de R$ 14, e R$ 20.
Para a contadora Elerline Fontes, a orientação é pesquisar bem os preços e tentar adquirir os alimentos sempre nos mesmos fornecedores. "Infelizmente nós estamos sujeitos a comprar alimentos de baixa qualidade nutricional e se prejudicar, mas nos grandes supermercados não é diferente", disse.

Denúncia – Durante a apuração das informações para a construção dessa matéria, um agente da Guarda Municipal, que preferiu não se identificar, informou que diariamente as guarnições realizam fiscalizações nos arredores do centro comercial com o objetivo de prender os traficantes de drogas, mas segundo ele, pouco ou nada adianta. "Quando a viatura chega os suspeitos se dispersam e fica complicado revistar alguém. Nas poucas vezes que a gente tem a sorte de pegar alguém, muitas vezes não são os traficantes, e sim apenas aviãozinho. A Guarda está se qualificando, mas ainda não é suficiente para acabar com a cracolândia", disse.
Conforme informações repassadas pelos próprios feirantes, diariamente cerca de dez agentes de segurança ajudam aos fiscais da Emsurb. "Todos aqui sabem muito bem quem são os indivíduos, mas ninguém fala nada por temer repressão. Eu falo pra vocês da imprensa sobre o caso, mas nunca vou apontar quem são. Eu também tenho medo de morrer", afirmou o vendedor de hortaliças José Antônio.

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