Garoto de 15 anos é acusado de matar vendedor de bebidas
Publicado em 07 de dezembro de 2014
Por Jornal Do Dia
Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br
Um adolescente de 15 anos apreendido na tarde desta sexta-feira pela Polícia Militar admitiu ter participado do assalto ocorrido terça-feira passada conjunto Almirante Tamandaré, bairro Santos Dumont (zona norte), o qual terminou com a morte do motorista Edvan José Cardoso da Silva, 32, funcionário de uma distribuidora de bebidas ligada à Coca-Cola. O menor estava escondido em uma chácara no Povoado Rita Cacete, em São Cristóvão (Grande Aracaju), e acabou detido depois de uma denúncia anônima.
Segundo informações do porta-voz da PM, tenente-coronel Paulo César Paiva, a denúncia foi apurada por soldados da 1ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Comunitária (1ª Cia/ 1º BPCom) e dizia que um dos autores do latrocínio estaria escondido no povoado, em uma chácara pertencente a familiares. Após um levantamento, os militares conseguiram localizar a propriedade e apreenderam o jovem, que tentou fugir do local, mas foi alcançado. Ao ser detido, o rapaz confessou ter participado de três assassinatos, além do latrocínio ocorrido no Tamandaré.
Edvan morreu com dois tiros no rosto e no pescoço, enquanto ela fazia a entrega de bebidas em uma mercearia no loteamento. Testemunhas disseram à policia que os dois bandidos chegaram ao local à pé e anunciado o assalto, rendendo Edvan. A suspeita é de que os bandidos teriam atirado contra o rapaz porque disse aos assaltantes que estava sem dinheiro. Sobre o crime da semana passada, Paiva disse que o menor admitiu ter cometido o assalto junto com o segundo jovem, o qual é maior de idade e ainda não foi identificado pela polícia. A morte provocou muita revolta entre os familiares e colegas de trabalho da vítima, que fizeram dois protestos na Avenida Tancredo Neves, pedindo justiça aos autores do latrocínio e mais segurança para trabalhar.
O adolescente disse também que os dois tiros contra Edvan foram disparados pelo adulto. "Ele tentou atribuir a culpa efetiva pelos disparos a um comparsa, a quem diz não saber a identidade, diz ter conhecido naquele momento do crime. Obviamente, o aprofundamento das investigações nos trará mais detalhes a cerca de como o fato aconteceu e qual a responsabilidade de cada um deles de acordo com a respectiva participação", disse Paiva. O caso foi levado à Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), no bairro Capucho (zona oeste).