Terça, 11 De Fevereiro De 2025
       
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Greve afeta escolas da rede estadual


Publicado em 21 de maio de 2013
Por Jornal Do Dia


 Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br

A greve dos servidores administrativos estaduais começa a afetar os serviços de limpeza de algumas das escolas da rede, que foram obrigadas a suspender as aulas.

A Escola Estadual Tobias Barreto, no centro da cidade de Aracaju, é uma das unidades sem aula por causa da descontinuidade de serviços gerais. "A greve é parcial e algumas escolas estão funcionando normalmente, entretanto outras unidades de ensino com mais de mil alunos já apresentam problemas para continuidade das aulas em razão das mesmas estarem com trabalho comprometido por causa da falta de pessoal para serviços indispensáveis, como a limpeza de banheiros, que estão sujos há mais de uma semana. Por este motivo foi adotada a suspensão das aulas até que se encontre uma solução", confirmou Givaldo Ricardo, da assessoria de comunicação da Secretaria de Extado da Educação (SEED).

Ele destacou que ontem mesmo a secretaria já estava agendando reunião com o sindicato da categoria e que mesmo sem aulas as escolas estão abertas com as equipes de direção a partir das 8h.
A estimativa do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase), é que cerca de 7 mil e 800 funcionários que executam serviços básicos, merendeiros, vigilantes e oficiais administrativos paralisaram às atividades nas unidades de ensino.

A greve completa hoje nove dias. "Em Aracaju, mais de 50 escolas estão com serviços suspensos. Outras estão funcionando com efetivo reduzido. Estamos entrando na segunda semana de paralisação e a tendência é que a adesão aumente. A mobilização vem demonstrando a importância dos servidores públicos que estão na base da administração e que não são enxergados", avalia Diego Araújo, secretário Geral do Sintrase.
Na avaliação do sindicato, a greve é também uma demonstração de indignação da categoria com os baixos salários e desvalorização profissional. "Atualmente 15 mil funcionários públicos da administração geral do estado recebem abaixo de um salário mínimo", protesta Diego Araújo.

Conforme o sindicalista, os serviços começam a ser comprometidos pela crescente adesão dos trabalhadores ao movimento grevista. "Os Centros de Atendimento ao Cidadão (CEAC) da Rodoviária Nova e 50% do funcionamento do órgão na Rua do Turista já estão suspensos", calcula.       
Na manhã de ontem, a  categoria realizou mobilização em frente ao Estádio Batistão e visitou órgãos públicos no bairro São José, convocando os servidores para novos atos públicos e informando sobre a paralisação.

Os servidores iniciaram a semana com mais um ato de protesto pela aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remunerações (PCCR). A categoria ocupou o gabinete do Secretário do Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, Jeferson Passos, para tentar uma reunião. Sem sucesso, os servidores continuaram durante à tarde nas dependências da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag).
A direção do Sintrase afirma que há seis anos o PCCR vem sendo discutido, sem avanços nas negociações e ficou marcada para ontem uma reunião para discutir as negociações, o que não aconteceu.

De acordo com informações da Seplag, o secretário não teria agendado qualquer reunião para está segunda-feira com o Sintrase, mas irá definir uma data com a categoria para continuar o diálogo. Amanhã, 22, os servidores farão uma caminhada, que sairá da Praça da Bandeira, a partir das 8h.
Com a greve, os servidores pretendem pressionar o governo a aprovar o PCCR que regulamente as funções e salários dos funcionários públicos. Segundo os servidores, desde  2010 a categoria vem aguardando a aprovação do plano.

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