Iran também homenageia sindicalista morto

O bancário e sindicalista José Souza, que faleceu na última terça-feira, 21/10, aos 56 anos, foi homenageado na Câmara Municipal de Aracaju pelo vereador Iran Barbosa (PT). Por requerimento do petista, acatado por unanimidade dos vereadores presentes, o sindicalista e militante histórico do PCdoB deu nome à sessão ordinária desta quarta 22.

O vereador se solidarizou com a família, com os filhos e a esposa de Souza, a jornalista Niúra Belfort, e também com os bancários, os companheiros do PCdoB e os amigos do líder sindical. Iran lembrou que Souza morreu no pleno exercício daquilo que ele fazia com mais paixão e maestria: a luta pelos direitos dos trabalhadores bancários. Souza presidia o Sindicato dos Bancários de Sergipe pelo segundo mandato

consecutivo.
"Sou militante sindical e gostaria aqui de homenagear esse camarada, um igual, um sindicalista, um lutador como eu em favor da classe trabalhadora, o companheiro José Souza, que tinha uma trajetória importante e respeitável", disse.
"Quando comecei a militar na luta sindical, no final da década de 80, Souza já estava na luta. E avancei nessa caminha vendo-o sempre presente nas lutas, em muitas lutas, porque Souza não era um sindicalista corporativo, não olhava apenas para os interesses da sua categoria. Ele era um companheiro que contribuía com a luta sindical de outras categorias, porque ele tinha o sentido e a solidariedade de classes sempre presentes", lembrou o petista.

Iran também lembrou o quanto o bancário e sindicalista se preparava para fazer as suas intervenções nas disputas sindical e social. "Ninguém o via entrar numa disputa de teses sem se preparar, sem ler, sem estudar. Ele tinha sempre muito fundamento. E Souza sempre teve lado e sempre disse para o que veio. Ele estava do lado dos trabalhadores, sempre enfrentando as forças conservadores aqui no estado de Sergipe", resgatou.

O vereador Iran Barbosa destacou, ainda, uma outra característica peculiar de José Souza: a serenidade nas palavras. "Mas ninguém duvidava das suas posições firmes. Quando necessário, ele sabia endurecer, mas sem jamais perder a ternura, sempre muito preparado para enfrentar e vencer os seus embates sindicais".