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Jackson mais livre


Publicado em 19 de outubro de 2014
Por Jornal Do Dia


A decisão do senador Antonio Carlos Valadares (PSB) em apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) à presidência causou surpresa e até perplexidade aos aliados. O vice-governador eleito Belivaldo Chagas, um dos mais antigos e leal aliado, se rebelou e acompanha o governador Jackson Barreto (PMDB) na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Valadares, é verdade, não se misturou com o senador Eduardo Amorim (PSC), João Alves Filho (DEM) e José Carlos Machado (PSDB) na campanha de Aécio em Aracaju, mas causou uma grande decepção, porque sempre fez parte da bancada governista no Congresso e indicava os chefes dos principais órgãos federais no Estado. Mas fez declarações veementes em defesa do tucano e atacando a posição de Jackson.

O cartunista Edidelson, em sua charge na primeira página desta edição, foi muito feliz ao retratar que a opção de Valadares por Aécio está longe de ser obediência a recomendação partidária. Ele está de olho é numa possível brecha caso Aécio venha a ser eleito. Como os aliados de primeira hora são os citados no parágrafo anterior, o senador está de olho na "margem de erro", ou seja, quer se dar bem em qualquer situação.

O deputado federal Valadares Filho, reeleito na coligação que apoia Dilma, dispara telefonemas para os aliados mais próximos ao governador Jackson Barreto, tentando evitar maiores estragos pela posição do pai. Tenta acalmar a fúria do governador, que considerou o gesto de Valadares como uma "traição". Na verdade, Jackson tem mágoas com as exigências feitas pelo senador para apoiar a sua candidatura e a posição em relação à eleição presidencial foi a gota d’água.

Durante os dois governos de Marcelo Déda, Valadares foi um dos líderes mais aquinhoados com cargos no Estado. Indicou os secretários da Educação, Esportes e Turismo, áreas que enchem os olhos de qualquer liderança política. Qual será o seu papel a partir de janeiro quando Jackson inicia efetivamente a sua administração.
A disputa de hoje entre Jackson e Valadares não é por conta de Dilma ou Aécio. Mas por espaços futuros no novo governo.

No páreo
Três nomes hoje são competitivos para presidir a Assembleia Legislativa no biênio 2015/2016: os deputados estaduais eleitos Luciano Bispo (PMDB), Luiz Garibalde (PMDB) e Jeferson Andrade (SDD), pela influência do pai, o ex-presidente da Assembleia, Ulices Andrade.  

O preferido
Uma liderança do PMDB revela que o nome da preferência do governador eleito Jackson Barreto é Luciano Bispo, por ser uma pessoa que confia plenamente e é seu amigo pessoal de muitos anos. Jackson não quer correr o risco de passar pelo que o ex-governador Marcelo Déda passou, quando ficou refém da presidente Angélica Guimarães (PSC) e seus líderes.

Correndo atrás
O deputado estadual eleito Robson Viana (PMDB) já vem trabalhando o nome do ex-prefeito de Itabaiana junto aos deputados estaduais da próxima legislatura. O próprio Luciano também vem mantendo conversas buscando apoio.

O foco hoje
Jackson Barreto só conversará com os aliados sobre a eleição da Mesa Diretora após as eleições do segundo turno. Neste momento, prioriza a reforma administrativa, o andamento da gestão e a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Carreata
Ontem, a partir das 9h, o governador comandou uma carreata pró-Dilma pelos municípios de Lagarto, Riachão do Dantas, Tobias Barreto, Itabaianinha, Umbaúba, Arauá e Estância. Hoje liderará a carreata em Aracaju, com saída às 9h da Colina do Santo Antonio, passando por vários bairros da zona norte e encerrando na Praia de Atalaia.  

Próximo partido
O deputado estadual Zé Franco, que já deixou o PDT, deve se filiar ao PTB e ser candidato a prefeito de Nossa Senhora do Socorro em 2016. Isso se até lá conseguir se tornar elegível junto a Justiça Eleitoral.

Apoios
Rompido politicamente com o prefeito Fábio Henrique (PDT), Zé Franco espera contar com o apoio do presidente do PTB e deputado federal eleito, Adelson Barreto, e do deputado estadual eleito Padre Inaldo (PCdoB).

Eleição no MP
Acontece nessa segunda-feira eleição para formação da Lista Tríplice para escolha do novo procurador-geral de Justiça de Sergipe para o biênio 2014/2016. Concorrem ao cargo Deijaniro Jonas Filho, Eduardo Barreto d’Ávila Fontes, José Rony Silva Almeida, Manoel Cabral Machado Neto e Virgílio Vale Viana. A lista com os três mais votados será encaminhada na mesma segunda-feira para o governador Jackson Barreto, que terá até 15 dias para escolher e nomear o novo procurador-geral.

Expectativa
A expectativa agora é se o governador eleito Jackson Barreto vai nomear o primeiro da lista tríplice, respeitando a vontade da maioria, ou nomear um procurador da sua preferência entre os três da lista.

TV aberta
Não é somente o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) que defende a abertura do sinal da TV Alese para que a população de Sergipe saiba o que se passa no dia a dia daquele parlamento. O deputado Francisco Gualberto (PT) também é favorável à ideia que se arrasta naquele Poder desde quando o ex-deputado Ulices Andrade era o presidente. Eles acreditam que sendo transmitida em canal aberto, a programação da TV Alese, principalmente as sessões, ajudaria o eleitor a separar o joio do trigo na hora de optar pelo voto num determinado deputado.

Vetos
Vários vetos governamentais a projetos de leis apresentados por deputados estaduais estão na Assembleia Legislativa à espera da votação. Muitos desses vetos encaminhados por Jackson Barreto mostram claramente como boa parte dos deputados não sabe na verdade o que está fazendo naquela Casa legislativa. Entre os projetos vetados, há um do deputado Capitão Samuel que quer obrigar o governo a lotar os policiais militares em serviço somente em batalhões ou unidades próximas às suas residências.

Sukita
Há muita gente desinformada quando trata do indeferimento da candidatura de Sukita a deputado estadual. Nenhum dos processos criminais nem administrativos que pipocam na imprensa diariamente contra o ex-prefeito de Capela tem a ver com o indeferimento do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE). Na verdade, o único motivo é justamente a renúncia à candidatura, assinada por ele mesmo, que foi levada ao conhecimento do TRE logo após a segunda prisão feita pela Polícia Federal. Afinal, renúncia será sempre renúncia.

Caso Aurelino
Está criada mais uma crise na segurança pública do estado, com as interrogações postas sobre a operação que resultou na morte do ex-detento José Aurelino Batista, acusado de ser o líder do suposto grupo de extermínio responsável por cerca de 20 crimes ocorridos em 2012 na cidade de Poço Verde. A família, que alega ter havido execução contra o acusado, provocou e conseguiu, através do Ministério Público, que a Polícia Federal iniciasse uma apuração paralela à da SSP, enviando agentes de Brasília para fazer exames no corpo de Aurelino e na casa dele, em Poço Verde. Os resultados devem ser entregues até o mês que vem ao promotor da comarca, Lúcio José Cardoso.
Confronto
A depender dos resultados, tais desdobramentos do Caso Aurelino podem colocar PF e SSP sergipana em rota de colisão, pois há a intenção clara de desmentir a alegação oficial de que houve confronto entre o pistoleiro e os agentes da Polícia Civil que foram cumprir um mandado de prisão, na última quarta-feira. Na coletiva dada após a morte de Aurelino, a delegada-geral Katarina Feitoza defendeu enfaticamente a operação, chegando a dizer que "não iria admitir ter que dar uma entrevista com um policial no caixão" e que "temos que nos compadecer com as famílias das vítimas covardemente ceifadas" pelo ex-presidiário. Após a intervenção da PF, a SSP não quis mais comentar o caso.

Novo round
O advogado da família de Aurelino, Getúlio Sávio Sobral Neto, já trabalhou em outro caso de repercussão: o acidente de trânsito ocorrido em outubro de 2012, na Aruana, que matou a estudante Marcela Christinne Ferreira. Getúlio fez a defesa do também estudante Leonardo Esquivel, apontado como causador do acidente e acusado pela família da vítima de assumir o risco de morte ao beber antes de dirigir. Após uma intensa batalha de recursos, o Tribunal de Justiça enquadrou o caso como homicídio culposo (sem intenção) e o processo permanece na 4ª Vara Criminal, sem júri popular e agora na fase de alegações finais.

Com a redação

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