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João Alves critica o alto endividamento do Estado


Publicado em 22 de julho de 2012
Por Jornal Do Dia


João Alves concede entrevista ao Jornal do Dia

JOÃO ALVES CONCEDE ENTREVISTA

Chico Freire
chicofreire@jornaldodiase.com.br

Em entrevista ao Jornal do Dia, o candidato do DEM a prefeito de Aracaju, João Alves Filho, nega que tenha deixado o estado em situação financeira difícil, quando foi governador. "Pelo contrario, respeito a Lei de Responsabilidade Fiscal. Deixei o estado com sua capacidade de endividamento de R$ 5,7 bilhões. O atual governo é que está fazendo o maior endividamento da historia de Sergipe", afirmou.
João  também esclarece aos seus eleitores que não existe nenhum risco de vir a ter a sua candidatura impugnada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), como, segundo ele, estão tentando passar para os aracajuanos.

Leia a íntegra da entrevista.
 
Jornal do Dia – O senhor já foi prefeito de Aracaju, ministro de estado e governador por três vezes. Por que o senhor que mais uma vez ser prefeito de Aracaju?
João Alves – Primeiro, que a condição fundamental para ser prefeito de uma cidade é amar a cidade, conhecer profundamente seus problemas e as soluções dos seus problemas, e exercer o poder não pelo poder, mas para aquilo que nós podemos contribuir para o bem do povo. É por isso que resolvi mais uma vez ser prefeito de Aracaju.   

JD – Os seus opositores dizem que o senhor não tem mais o que oferecer e não tem projeto novo para apresentar e que não sabe governar com rédeas curtas a exemplo da LRF. Eles têm razão no que dizem?
JA – É natural que a oposição busque fazer esse tipo de insinuação. Basta lembrar a minha ultima administração, quando tive o presidente da República contra mim. Era questão de ódio mesmo. Aprovava-se uma emenda e vetava-se o  direito de empréstimo. Mesmo assim implantei o maior canteiro de obras no Nordeste.

Esse canteiro de obras acabou não aparecendo muito porque a maior parte dos investimentos foi abastecimento de água, que são obras que não se vê, O que se vê é construção da ponte Aracaju/Barra, como se fosse a maior obra do governo. Ssó em água investi quatro vezes mais que o valor da ponte, e as pessoas não sabem.
De acordo com a Organização Mundial da Família, para cada um dólar investido em água se economiza quatro dólares na saúde publica. Dai porque eu não dirijo com olho no ibope.

Hoje quem está no poder está fazendo o maior endividamento da história de Sergipe. Nós no governo não tomamos praticamente nada, e não é porque nós não queríamos, é porque era vetado, e, no entanto, deixamos o governo com a LRF rigorosamente em dia. Temos atestado do governo federal comprovando, e mais, a capacidade de indevidamente quando assumi o governo era de R$ 3,4 bilhões e deixamos com R$ 5,7 bilhões, uma das maiores capacidade de endividamento do Brasil.    
Eu dirijo com responsabilidade e com planejamento e foi por isso que pude viabilizar Sergipe, mesmo tendo toda a máquina contra mim.

JD – A oposição diz que o senhor quer ser prefeito de Aracaju para usar a prefeitura como trampolim para as eleições de 2014 para o governo do Estado. O senhor ainda pretende disputar o governo do Estado?
JA – Sou candidato a prefeito de Aracaju porque tenho um amor profundo por essa cidade que aprendi a ter com o meu velho pai, o construtor João Alves. Eu me  vi crescer nos canteiros de obras em toda essa periferia e foi ele quem me ensinou a amar essa cidade, que estou vendo hoje em um estado devastador. A Saúde, completamente desestruturada, a Educação, saneamento básico, não se fez mais dentro da filosofia que  predomina e que alguns marqueteiros e muitos políticos acatam de que obra debaixo do chão não dá voto. Para mim, o importante não é o voto, mas o beneficio que obra faz.

Nós deixamos a cidade com obras desse tipo e com obras inovadoras e não tive apoio nenhum do governo federal. Agora, eu tenho amor por Aracaju e estou vendo Aracaju ser semidestruído no setor da Educação, tendo a pior qualificação do Nordeste brasileiro, a saúde saindo constantemente no Jornal Nacional e no Fantástico, vejo a qualidade do ensino sendo destruída, vejo não se investir mais nada no saneamento básico. Os bairros se inundando e uma Aracaju sem ter um plano de desenvolvimento urbano até porque o último que teve foi há 37 anos.

Um prefeito que dirige uma cidade sem ter um plano de desenvolvimento urbano atual é como o comandante comandar m navio em alto mar sem bússola.
A cidade de Aracaju ao longo desses 37 anos, não cresceu não, inchou. Dai esses problemas que estão acontecendo.
Eu sou candidato a prefeito de Aracaju  com o objetivo de resolver os seus problemas, e estou tratando da eleição para prefeito.

JD – Até que ponto a aliança com os irmãos Amorim, condenada inclusive pelo deputado federal Mendonça Prado, pode vir a prejudicar a sua campanha?
JA – O que houve foi um apoio para a nossa candidatura devido à última conversa que nós tivemos que foi na véspera do último dia para as convenções. Amaioria dos vereadores e candidatos preferiram estar conosco. Como pessoas que tem bom senso não agride a vontade dos seus liderados, fizemos o entendimento e acho que não prejudica em nada.

JD – O que é que foi decisivo para essa aliança, foi apenas o tempo de televisão?
JA – O tempo da televisão está dentro do contexto e tudo que vem somar tem que se levar em conta e nesse caso somou.

JD – O que é que o DEM tem a dizer com relação às acusações do também candidato a prefeito pelo PPS, Almeida Lima, de que a aliança dos irmãos Amorim é nada mais nada menos do que uma negociata?
JA – Eu não vou participar dessa campanha utilizando palanque eleitoral para estar trocando acusações levianas. Eu simplesmente não levarei em conta essas acusações levianas. Pensar que João Alves vai precisar de dinheiro para fazer uma composição é não ter nem capacidade de raciocinar, porque não há um cidadão aracajuano que possa acatar esse tipo de ação, por saber o que aconteceu ao longo da minha vida.
Sou um homem que tenho 37 anos de vida publica só exercendo cargo executivo e tive todas, sem exceção nenhuma, as contas aprovadas. É difícil encontrar um político que só tenha exercido cargo executivo e tenha tido dotas as contas aprovadas  pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Tribunal de Contas da União. Então, eu posso falar de fronte erguida sobre honestidade, e honestidade para mim não é virtude, é obrigação do homem público.

JD – O clima de já ganhou não pode surpreender como aconteceu na eleição de 2000 quando o então candidato Valadares aparecia com cerca 60% das intenções de votos e Marcelo Déda ganhou no primeiro turno?
JA – Quem é que está com esse clima de já ganhou? Da minha parte isso nunca existiu, até porque sou uma pessoa curtida na vida, especialmente na vida política e a minha filosofia em uma campanha eleitoral é uma só, não vario. Eu acho que há dois tipos de candidato negativo. É o candidato que acha no oba oba que já ganhou e se acomoda e deita numa rede, e o candidato que acha que vai perder, e esse não deve nem entrar. Eu não faço parte de nenhum dos extremos. Eu procedo da mesma forma, trabalhando do primeiro dia até o ultimo dia, da mesma forma, seja uma candidatura facílima como já tive, ou uma candidatura dificílima como também já enfrentei. Minha postura é a mesma, nem faço oba oba e nem fico contando vitória. Você já soube que João Alves publicou alguma pesquisa?  Mas eu tenho pesquisas e nunca publique, porque pra mim pesquisa é apenas um detalhe da campanha. Trabalho de manhã ate meia noite se for necessário.
 
JD – Tem um processo no TSE, que está sob pedido de vista, que envolve a senadora Maria do Carmo e o senhor, referente ainda às eleições de 2006. O senhor teme que esse processo venha entrar em pauta e que o senhor possa ficar inelegível?
JA – Acho que o homem publico não tem nada o que esconder. Aliás, eu sou um dos políticos que espontaneamente já abri o meu sigilo bancário e estou pronto para abrir qualquer dia que houver necessidade. Qual é a acusação que tem para quererem cassar o mandato de Maria do Carmo, você sabe qual é?
Primeiro, Maria do Carmo não tem nenhuma participação com isso e quem fez foi João Alves, e não me arrependo de nada, repetiria cem vezes se fosse necessário.
O que foi que eu fiz? O estado de Sergipe passou a ser o primeiro estado do Brasil a ter o SAMU em todos os municípios.

Em um determinado instante o nosso secretário de Saúde participou de uma reunião com o ministro da Saúde, que estava interessado em um estado que quisesse fazer a implantação.
Nós íamos implantar o SAMU em todo o estado, mas não teríamos a autorização para usa o nome SAMU. Para  ter direito a usar o nome teria que fazer uma parceria com o ministério da Saúde, que não estava nas minhas previsões, mas era uma vantagem ter o nome. Fizemos o convênio que era interessante para nós e para o governo federal.

O ministério da Saúde participou apenas com as ambulâncias, a parte mais cara ficou por conta do estado, que foram os investimentos no Hospital João Alves, com aquisição de equipamentos, montagem de estrutura em todos os municípios, contratação de pessoal, que já estava contratado há cerca de três meses porque o Ministério da Saúde atrasou no seu cumprimento, enviando as ambulâncias no inicio do processo eleitoral.

Diante do atraso e da contratação do pessoal há cerca de três meses, teria dois caminhos a fazer. Um era deixar as ambulâncias na garagem, que era um crime, e o outro era colocar as ambulâncias nas ruas. Procurei a presidente do TRE, na época a desembargadora, Josefa Paixão, e esclareci os fatos.
Apresentou uma nota de utilidade publica, e fui aconselhado pela presidente em não fazer porque o Ministério Público Eleitoral entraria com uma ação por se tratar de propaganda eleitoral.

Em uma outra reunião com a presidente, ficou estabelecido uma nota de parceria entre o TRE e o estado, dentro do que o TRE exigia e fui recomendado que em nenhum momento poderia ter candidato majoritário presente como também a participação de nenhum politico. Poderia fazer o desfile das ambulâncias e em cada município que passasse nós leríamos aquela nota, só isso.
O então candidato José Eduardo Dutra, depois que nós tínhamos feito isso, ele (José Eduardo) entendeu que nós tínhamos usado e ele apresentou uma denúncia dizendo que tínhamos usado trio elétrico e apresentou uma foto que continha um carro com dois bonecos.

Quando se entregava a ambulância, vinha a ambulância, um caminhão, um chevete e um carro com dois bonecos, e foi nisso que se pegaram.
Então querendo cassar o mandato de Maria de Carmo porque o marido dela, como governador, e eu não me arrependo, quis ajudar a salvar vidas em Sergipe. Dei a Sergipe o privilégio de ser o único a ter SAMU no estado todo.

Diante dos fatos, a então presidente do TRE pediu uma perícia ao Policia Federal que disse que os filmes foram montagem, e é por isso que querem cassar o mandato de Maria do Carmo.
Quanto a minha candidatura, não corre risco de vir a ser impugnada porque, a partir do momento que você tem a sua candidatura registrada,  não pode mais vir a ser impugnada, porque uma possível ação posterior não tem efeito retroativo.

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