Manutenção de escolas envolve muito dinheiro
Publicado em 15 de outubro de 2012
Por Jornal Do Dia
Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) gastou até agora R$ 2,1 milhões em obras de manutenção, conservação e pequenos reparos de escolas públicas da rede estadual. Em grande parte dos casos, os serviços foram destinados a unidades escolares destruídas por ato de vandalismo.
Somente no mês de janeiro, o órgão realizou obras emergenciais de manutenção em 25 unidades escolares. Elas receberam serviços elétricos, hidráulicos e de conservação de coberturas, pisos e esgoto.
De acordo com números divulgados pelo secretário Belivaldo Chagas, no total serão investidos, aproximadamente, R$ 190 milhões em reformas, ampliações e construções de escolas e quadras esportivas até o final deste governo.
Com as reformas e conservação das escolas, a Seed pretende tornar a escola mais acessível e elevar a autoestima da comunidade escolar, evitando problemas como a evasão escolar.
Todo o trabalho é realizado através de 23 frentes de trabalho que atuam em unidades de ensino da capital e do interior do estado executando os serviços. À medida que as obras forem sendo concluídas, as equipes são recolocadas para outras unidades escolares. A meta é atender a todas as escolas da rede estadual. Uma forma de evitar atraso no calendário escolar.
O chefe da engenharia da Seed, Maurício Arce, destaca que grande parte dos gastos com a manutenção das escolas pode ser evitada se houver uma valorização do patrimônio público.
Para o engenheiro, é necessário conscientizar toda sociedade sobre a importância de conservação e valorização dos espaços de ensino e aprendizagem. "O que percebemos é uma série de problemas que vão além das condições estruturais das escolas. De um modo geral, existe a cultura do descaso com a preservação do patrimônio público, o que é visível no caso de escolas que acabam sendo alvo da falta de cuidado da comunidade. A sociedade tem o hábito de pensar que patrimônio público não é de ninguém. O que é público é nosso, é de todos. Essa mudança de atitude representa também uma economia para os cofres públicos, considerando que 80% dos gastos com manutenção correspondem a pequenos reparos. É um trabalho de longo prazo", avalia Maurício Arce.
Ele destaca que se a comunidade atuar junto com a escola só vem a somar para a preservação do ambiente escolar e direcionamento de recursos para outras áreas de educação. Mas o engenheiro alerta que o aluno não é o único responsável pela depredação dos prédios. "Profissionais que atuam nas escolas já foram flagrados quebrando equipamentos, quando deveriam dar o exemplo para os alunos", diz.
Sintese – A coordenação da subsede Centro-Sul do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese) protocolou ofício na Promotoria de Justiça da Comarca de Tobias Barreto denunciando diversos problemas estruturais constatados em escolas da rede do município, a exemplo das unidades José Cassimiro dos Santos, localizada no povoado Pilões, e Maria Nilza Rogério dos Santos, localizada no povoado Pedra de Amolar.
O ofício também foi direcionado ao prefeito do município, Dilson de Agripino, ao presidente da Câmara de Vereadores, João Olegário de Matos Neto, e ao secretário municipal de Educação de Tobias Barreto, Ivan Carlos de Macedo.
Na denúncia protocolada pelo Sintese foram anexadas fotos comprovando os problemas estruturais nas escolas, que colocam em risco os alunos que as frequentam diariamente.