Segunda, 10 De Fevereiro De 2025
       
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Movimento Não Pago volta às ruas de Aracaju


Publicado em 20 de julho de 2013
Por Jornal Do Dia


Manifestantes protestaram nas ruas e depois protocolaram documento no Tribunal de Justiça

INTEGRANTES DO MOVIMENTO NÃO PAGO FIZERAM ONTEM NOVA MANIFESTAÇÃO EM ARACAJU E PROTOCOLARAM DOCUMENTO NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br

Integrantes do Movimento Não Pago realizaram na tarde de ontem mais uma manifestação no centro de Aracaju. Desta vez, os manifestantes foram às ruas na tentativa de impedir que a justiça sergipana aceite o pedido feito pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), na qual solicita judicialmente que o valor da passagem do transporte coletivo volte a custar R$ 2,35 na Grande Aracaju. A decisão em reduzir o valor da tarifa foi adotada na semana passada pela juíza Simone de Oliveira Fraga, após analisar uma planilha de preços emitida pelo movimento que indica possíveis irregularidades na planilha de preços emitida pela Prefeitura de Aracaju, através da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).

Entre as denuncias oficializadas pelos manifestantes, estava a cobrança do reajuste salarial de cobradores e motoristas. Conforme indignação da estudante, Martha Alencar Fontes, muitos ônibus diariamente circulam com os motoristas exercendo as duas funções. Para ela, a justiça deveria analisar mais profundamente a planilha emitida pela SMTT e reduzir para R$ 1,92 o preço da passagem. "É um verdadeiro absurdo, assalto à mão armada por parte dos empresários e pelo prefeito João Alves e vereadores da situação que estão visivelmente a favor dos interesses das empresas de ônibus. Quase todos os dias eu pago a passagem ao motorista porque cobrador não tem", disse.

O ato público, que teve o terminal de integração do centro como ponto de concentração, percorreu as principais ruas da região e seguiu até a sede do Tribunal de Justiça que fica em frente a Praça Fausto Cardoso. De acordo com o economista Demétrio Varjão, um dos representantes do movimento Não Pago, a proposta do grupo sempre foi exigir que a administração municipal trabalhasse em prol dos usuários do sistema e que o serviço fosse qualificado. "Nos últimos quatro meses já batemos boca com vereador que não nos deixou se pronunciar na Câmara Municipal e já até recebemos spray de pimenta na cara. Fizemos isso em busca de um transporte público de mais qualidade. Vamos continuar lutando".

Apesar do clima pacífico, a manifestação foi acompanhada de longe por agentes da Guarda Municipal, Polícia Militar e em pequenos trechos pelo Grupamento Tático Aéreo (GTA). Devido o transtorno causado no trânsito, duas equipes da SMTT foram acionadas com o objetivo de regularizar o fluxo de veículos. Durante o percurso, os manifestantes transitaram pelos calçadões das ruas Laranjeiras e João Pessoa. Apesar do receio, nenhum estabelecimento comercial fechou as portas. "Na última vez que eles passaram por aqui, que na realidade foi em parceria com alguns sindicatos no dia da Greve Geral, houve até saques. Como hoje eles estavam em menor grupo e sem apresentar agressividade, todos decidiram permanecer com as portas abertas", afirmou o vendedor Breno Vasconcelos.

Documento – Conforme prometido antes da marcha começar, assim que os manifestantes chegaram à sede do TJ, um novo documento que solicita o apoio da Casa em defesa dos interesses da população foi protocolado. Segundo a balconista Ana Estela, o sucesso do pleito só será alcançado caso o poder judiciário se some aos passageiros. "Ônibus sem nenhuma condição de uso, bancos quebrados, frota pequena para atender a demanda, pontos de ônibus e terminais sem segurança, realmente R$ 2,25, R$ 2,35 ou R$ 2,45 é uma tarifa justa? A justiça deve ficar atenta a essa roubalheira que existe no transporte coletivo público e ajudar a mudar de vez esse país da impunidade", afirmou.

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