Quarta, 11 De Setembro De 2024
       
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Mulher confessa que mantinha corpo em geladeira desde 2016


Publicado em 22 de setembro de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Conforme anunciado na manhã de ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), os estudos identificaram contradição no depoimentos, e, ao abranger as análises, foi constatado que o homem indicado não é o pai. Foto: Reprodução/G1

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil detalhou, nesta quinta-feira (21), o andamento das investigações sobre a mulher que foi presa em flagrante por ocultação de cadáver e maus-tratos contra uma criança no bairro Suíssa, em Aracaju. O DHPP também já conta com a versão apresentada pela investigada e instaurou inquérito policial para identificar a identidade da vítima, as circunstâncias da morte e autoria do homicídio. As investigações contam com as perícias dos institutos de Criminalística (IC), de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e Médico Legal (IML), vinculados à Polícia Científica.
De acordo com a delegada Roberta Fortes, que fez o auto de prisão em flagrante, o DHPP foi acionado com a informação de que um corpo foi encontrado dentro de uma geladeira e que uma mulher teria cortado os pulsos no momento em que o oficial de justiça entrou na residência. “Fomos ao bairro Suíssa e encontramos o corpo já estava em estado avançado de decomposição”, explicou.
Ainda segundo a delegada, ao chegar ao local, a mulher já tinha sido encaminhada ao hospital. Uma criança vivia em situação de maus-tratos no local onde estava o corpo. “Então, foi lavrado o flagrante pela ocultação de cadáver e pelos maus-tratos a criança”, detalhou Roberta Fortes.
Segundo a delegada, a investigada narrou sua versão dos fatos. “A mulher confessou que havia guardado o corpo daquele senhor dentro da geladeira. Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira. Ela disse que o fato teria ocorrido em 2016”, destacou Roberta Fortes.
A delegada explicou ainda que a identidade da vítima será apurada pela Polícia Científica. “Nós tivemos informações de quem poderia ser a vítima. A presa confessou que seria a pessoa, mas ainda vão ser feitos exames periciais para comprovar se é a real identidade”, acrescentou.
Roberta Fortes relatou também que havia o odor do apartamento em decorrência do lixo. “Tinha o mau cheiro do apartamento por ter muito lixo. Mas, os vizinhos disseram que o mau cheiro do corpo não era sentido. Já a criança foi entregue ao Conselho Tutelar que a encaminhou para um familiar”, complementou.
A investigação seguirá pelo DHPP, conforme ressaltou o delegado Tarcísio Tenório, que comandará o inquérito policial a partir de agora. “O inquérito foi instaurado. O procedimento foi comunicado ao Poder Judiciário, e a presa será apresentada em audiência de custódia. As diligências complementares estão sendo adotadas”, comentou.
Para a continuidade do inquérito policial, perícias serão realizadas pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e o Instituto Médico Legal (IML). “O objetivo agora é identificar a vítima. Vamos iniciar a identificação e oitiva de testemunhas para que a gente possa esclarecer todas as circunstâncias do fato, inclusive apurando a causa da morte”, pontuou Tarcísio Tenório.

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