Em relatório de fiscalização das praias do litoral sul, a Adema aponta que foram identificados vestígios de óleo em pouca quantidade nas praias do Abaís e Caueira; em toda faixa de preamar da praia das Dunas; e em grande quantidade na praia do Saco.
Órgãos ambientais monitoram óleo nas praias
Publicado em 10 de setembro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Novas manchas de óleo vêm aparecendo em praias do Nordeste brasileiro, incluindo o litoral sergipano. Uma força tarefa formada pela Superintendência Estadual de Proteção e Defesa Civil (Supdec), Adema e Ibama já atua em Sergipe para avaliar o cenário, entender as características deste novo evento e identificar a demanda operacional para resposta. As praias da capital e quatro praias do litoral sul já têm confirmada a presença de vestígios de óleo, bem como as praias do litoral norte – em quantidade moderada. Até o momento, o evento apresenta proporção muito menor que o episódio de 2019, não afetando a balneabilidadade das praias, que permanecem próprias para banho.
Em relatório de fiscalização das praias do litoral sul, a Adema aponta que foram identificados vestígios de óleo em pouca quantidade nas praias do Abaís e Caueira; em toda faixa de preamar da praia das Dunas; e em grande quantidade na praia do Saco. Na Ponta do Saco não foram encontradas manchas de óleo, e na praia do Coqueirinho não foi possível realizar o monitoramento no dia da diligência, devido ao aumento da maré. Até o momento, também não foram encontrados animais atingidos pelo material oleoso em nenhuma dessas praias.
As praias da capital também foram atingidas, segundo a secretaria Municipal de Meio Ambiente de Aracaju (Sema). “O óleo está chegando nos 23 km da nossa nossa, mas está se concentrando mais da praia da Cinelândia até o viral, especificamente. A região da praia dos Náufragos e Mosqueiro foi a que vi com maior incidência de óleo. Mas como está chegando em todas as praias, a gente vai precisar fazer limpeza em toda a costa”, disse o coordenador de Geoinformação da Sema, Roberto Pacheco.
No litoral norte, também apareceram vestígios de óleo nas praias dos municípios de Barra dos Coqueiros, Pirambu, Japaratuba e Brejo Grande. Não foram encontrados grandes volumes, mas o detalhamento da situação está sendo levantado pelos órgãos competentes.
Para estabelecer ações coordenadas, a Defesa Civil Estadual, a Adema e o Ibama estabeleceram um Sistema de Comando de Incidentes. “Como é um evento gradual, reuniões semanais estão sendo realizadas para acompanhamento e elaboração de um planejamento estratégico e tático operacional para destinação final desse material que está sendo coletado nos municípios”, afirma o cel. Luciano Queiroz, superintendente da Defesa Civil Estadual. As ações também contam com a cooperação de empresas parceiras, como Petrobras, Celse e Transpetro; além das secretarias Municipais de Meio Ambiente de toda a faixa litorânea, que têm atuado de forma direta no monitoramento das praias e verificação dos resíduos, juntamente com as coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil.
Em cartilha elaborada pelo Ibama, outras orientações são passadas para o caso de o cidadão encontrar animais contaminados. É preciso evitar o contato direto com o produto, e proteger o animal do sol. O Ibama orienta, ainda, que o animal contaminado não seja devolvido ao mar e que o cidadão acione o Programa de Monitoramento de Praias das Bacias de Sergipe-Alagoas (PRMEA), através do telefone 0800 079 3434.