Paralisação esvazia postos de atendimentos do Detran
Publicado em 24 de maio de 2013
Por Jornal Do Dia
Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br
O Sindicato dos Servidores do Detran de Sergipe (Sindetran/SE) realizou ontem mais um dia de paralisação nos postos de atendimento do órgão cobrando do governo reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Quem buscou atendimento, encontrou guichês sem atendentes.
De acordo com estimativa da direção do Sindetran/SE, a adesão ao movimento foi maior do que na terça-feira, quando houve a primeira paralisação. "Desta vez, 100% dos servidores efetivos apoiaram a mobilização, só estagiários e comissionados fizeram atendimento nas unidades", informou Gilberto Senna, diretor de articulação política do sindicato.
Ainda de acordo com ele, a categoria está confiante na abertura de uma negociação após tomarem conhecimento que o Detran/SE fará uma reunião interna na próxima segunda-feira, 27, para discutir a pauta apresentada pelos servidores. "Esperamos agora que depois de três anos de defasagem salarial e tentativas de conversas com o governo, a categoria tenha suas reivindicações atendidas. Também temos como ponto favorável o fortalecimento do movimento dos trabalhadores", diz.
Os servidores estão também reivindicando ao governo o pagamento de Gratificação por Atividade de Trânsito de 300% do valor do salário-base.
Segundo a categoria, os servidores têm uma defasagem salarial de 500% se comparado ao que é pago em outros estados. De acordo com a direção do sindicato, os salários atuais dos servidores do Detran/SE continuam em R$ 687 líquido, o pior do país. Os salários do Detran de Alagoas chegam a mais de R$ 3 mil para o desempenho da mesma função.
O sindicato distribuiu aos servidores um panfleto com o comparativo das taxas de serviços de Sergipe, Pernambuco, Acre, Tocantins e Alagoas. Segundo o levantamento do Sindetran, a 2ª via da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) custa R$ 106,50 em Sergipe e R$ 42 em Alagoas, enquanto que o salário-base do sergipano é R$ 687 e no estado vizinho é mais de R$ 3,2 mil para desempenhar a mesma função.